FC Porto com teste de fogo na Pedreira  

NACIONAL08.03.202506:50

Dragões venceram os últimos quatro jogos contra os minhotos, mas nas últimas sete deslocações a Braga só por uma vez saíram a sorrir

A superioridade do FC Porto em casa do SC Braga está expressa nos números: em 79 jogos para todas as competições entre os dois conjuntos, os azuis e brancos venceram 40 vezes, contra 18 triunfos dos arsenalistas. Pelo meio houve 21 empates, um resultado que não interessa a nenhuma das equipas nesta fase do campeonato.

Por outro lado, os dragões venceram os últimos quatro duelos contra os bracarenses. Contudo, um olhar mais cirúrgico indica-nos que a cidade dos Arcebispos é uma saída tradicionalmente complicada para os dragões. Ganharam no Estádio Municipal de Braga na época passada, por 1-0, golo de Pepê, mas foi o único triunfo em sete partidas – 4 empates e duas derrotas.

Os últimos jogos dos dragões na Pedreira

Será o chamado teste do algodão para o sistema de Martín Anselmi, técnico que se mantém invicto na Liga, com três empates e dois triunfos fora de portas, diante do Farense e, na passada jornada, em casa do Arouca, por 0-2, a vitória mais folgada desde que o argentino assumiu o comando do FC Porto. Bastaram dois remates enquadrados para os azuis e brancos vencerem a equipa de Vasco Seabra, mas contra um SC Braga que, à semelhança dos portistas, se debate com inúmeras baixas, será preciso aumentar esse índice de produtividade.

O triunfo em Arouca não foi imaculado. Dito de outra maneira, houve aspetos positivos, como a dinâmica no arranque da partida, mas outros aspetos deixaram os adeptos desconfiados. A defesa ganhou mais estabilidade com a entrada de Iván Marcano, voz de comando que fazia falta ao setor, mas depois do golo de Samu o FC Porto expôs-se muito aos ataques do Arouca, chegando mesmo a defender em 5x3x2 para tapar os caminhos da baliza de Diogo Costa. O guardião cotou-se como um dos melhores em campo, ao negar golos a Dylan Nandín e a Jason, por duas vezes.

OPOSITOR SÓLIDO EM CASA

O FC Porto tem melhor ataque (49 vs.40) e defesa (19 vs.22) que o adversário, mas, por outro lado, o SC Braga vem de uma sequência de três triunfos consecutivos em casa com seis golos marcados e nenhum sofrido. Precisamente por isso, Anselmi tem procurado ajustes ao sistema para que o FC Porto seja mais assertivo a rematar à baliza. Neste aspeto, a perda por castigo de uma unidade como Fábio Vieira, que marcou ao V. Guimarães e Arouca, constitui um desafio para o técnico, que provavelmente terá de recorrer à polivalência de Namaso para preencher o vazio deixado pelo n.º 10.

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Namaso pode regressar à titularidade face ao castigo do médio ofensivo. Sem a fantasia de Rodrigo Mora, Pepê e do número 10, Martín Anselmi terá de improvisar na Pedreira para compor as alas. Samu é o único com lugar assegurado na frente de ataque

O défice de criatividade acentuou-se também com a lesão de Rodrigo Mora, que vinha constituindo aposta regular de Anselmi e oferecia à equipa qualidade e critério na definição dos lances de ataque. A correr bem, o médio de de 17 anos estará em condições de ser chamado para o clássico com o Benfica, no primeiro fim de semana de abril, aproveitando a paragem para os compromissos das seleções para se restabelecer da rotura muscular sofrida na coxa esquerda, durante o aquecimento para o jogo com os arouquenses.