Famalicão: um dérbi com resquícios de... clássico e com vistas para a liderança da Liga

Quando entrarem em campo no domingo, frente ao Vitória de Guimarães, famalicenses já saberão o resultado do duelo da véspera entre Sporting e FC Porto; e em caso de empate em Alvalade, um triunfo na cidade-berço garante aos comandados de Armando Evangelista um lugar no topo de forma isolada

Quando, no domingo (20.30 horas), os jogadores do Famalicão subirem ao relvado do Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, para o dérbi com o Vitória, já saberão o resultado do clássico da véspera, entre Sporting e FC Porto. Algo que parece apenas um pormenor de calendário, mas que, no fundo, não é. Porque o resultado que se verificar em Alvalade pode oferecer aos comandados de Armando Evangelista um incremento ainda maior de motivação para o duelo com os vimaranenses.

A justificação prende-se... com a tabela classificativa. Afinal, Sporting, FC Porto e Famalicão repartem o topo da Liga, sendo as únicas equipas que somam por vitórias os três jogos já realizados. O que significa que um eventual empate entre leões e dragões poderá catapultar o conjunto de Vila Nova para a liderança isolado do campeonato. Isto, claro está, no caso de o Famalicão regressar de Guimarães com os três pontos na bagagem.

Ainda que este dado seja extramente relevante - quanto mais não seja no que concerne ao aspeto anímico -, a verdade é que o Famalicão já tem razões de sobra para estar com a motivação nos píncaros para o embate com os conquistadores.

Desde logo, porque um dérbi é sempre um dérbi. A rivalidade entre os clubes transporta a dimensão do jogo para uma (deseja-se) saudável disputa dentro das quatro linhas, sendo que, nas bancadas, o espetáculo estará, por certo, garantido. Além do extraordinário fervor que sempre emana das bancadas do Estádio D. Afonso Henriques, é da mais elementar justiça ressalvar também a tremenda paixão que os aficionados do Famalicão nutrem pelo seu Vila Nova. Tudo junto, deixa, pois, antever uma grande festa na noite de domingo.

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Mas do lado do emblema azul e branco do Minho há mais um indicador da tremenda moral com que os comandados de Armando Evangelista partem para este jogo: o início arrasador de temporada. As três vitórias nos três primeiros jogos do campeonato redundaram no melhor arranque de sempre do clube na elite nacional. Foi uma das grandes prendas do 93.º aniversário do Futebol Clube de Famalicão, fundado a 21 de agosto de 1931.

Estão, pois, lançados os dados para um grandíssimo dérbi. Que os adeptos do Famalicão desejam que tenha como pano de fundo o vira minhoto... de Vila Nova.

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Armando Evangelista continua a preparação do duelo frente ao Vitória de Guimarães e pode dar-se ao luxo de contar, até ao momento, com todos os jogadores disponíveis: não há lesionados nem castigados.

E perante os resultados e as exibições que o Famalicão tem vindo a alcançar desde o arranque da época, é bastante provável que o técnico não proceda a alterações no onze que tem vindo a apresentar. Ivan Zlobin agarrou o lugar na baliza após a saída de Luiz Júnior para o Villarreal - Lazar Carevic, contratado depois da venda do brasileiro, continua à espreita de uma oportunidade -, Lucas Calegari (à direita) e Francisco Moura (à esquerda) têm sido os donos das laterais da defensiva, ao passo que Enea Mihaj e Justin de Haas têm formado a dupla de centrais. No setor intermédio, Zaydou Youssouf e Mirko Topic são indiscutíveis no duplo-pivô, com Gustavo Sá a vestir a pele de organizador. Nas alas, Sorriso e Rochinha perfilam-se para continuarem a ser os municiadores do elemento mais avançado, caso de Óscar Aranda.