«Era penálti de 100 por cento, não de 50, não entendo como não se foi rever o lance»
Roger Schmidt, treinador do Benfica, com dura missão pela frente (Imago/Gribaudi/ImagePhoto)

«Era penálti de 100 por cento, não de 50, não entendo como não se foi rever o lance»

NACIONAL03.10.202322:35

Roger Schmidt admite que o Inter foi mais forte, mas entende que o Benfica foi prejudicado quando viveu a melhor fase no jogo

O treinador alemão comentou desta forma, à Eleven, a derrota por 0-1 com o Inter na Champions:
- Foi uma primeira parte equilibrada, tivemos bons momentos, boas transições, mas não tomámos as melhores decisões. Mas também houve falta de sorte, tivemos um penálti que é 100 por cento penálti, não 50 por cento, não entendo como não se foi rever o lance. Na segunda parte eles controlaram, conseguiram cruzar muito, foram muito difíceis de defender e marcaram um golo. No final mereceram vencer porque tiveram mais oportunidades e foram mais fortes do que nós.

Schmidt respondeu depois a questões em conferência de Imprensa.
O Benfica merecia mais neste jogo?
- O Inter mereceu ganhar o jogo, criou mais oportunidades. Na primeira parte estivemos bem, tivemos algumas oportunidades claras de golo, mas na segunda parte tudo mudou. O nosso guarda-redes fez uma boa exibição, mas penso que eles tiveram demasiadas chances de golo e venceram de forma demasiado fácil. Mas marcaram só um golo e tentámos tudo até ao final.

O Benfica desapareceu na segunda parte. O que aconteceu? Teve a ver com as lesões de Bah e de Di María? E que tem Di María?
- Quando jogamos contra uma equipa como a do Inter já sabemos que podemos esperar dificuldades, mas penso que com os jogadores que colocámos em campo, a nossa velocidade, tivemos bons momentos atacantes, mas fizeram-nos falta melhores decisões lá na frente. Mas sim, é verdade, depois da lesão do Bah e com a entrada do Tomás Araújo a equipa precisou readaptar-se. O Bah não pôde treinar ontem, teve um problema no pé, que já se arrasta há algum tempo. Esteve capaz de jogar até agora, mas hoje não. Em relação ao Aursnes, mudámos porque queria tê-lo a 10, porque o lado direito do Inter é muito forte, com extremos bons no ar. Precisávamos de um jogador bom no ar, o Tomás é rápido, bom nos duelos. E acho que foi a escolha certa. E depois Di María. A verdade é que se Aursnes tem marcado aquele golo a história do jogo poderia ter sido outra. Di María? Tem uma lesão muscular.

Mexeu muito no onze. Ainda considera que a estratégia foi boa?
- Decidimos colocar em campo um ataque de maior mobilidade, mais veloz, sem um número 9 clássico na frente e acredito que fomos bem sucedidos em alguns momentos. Era preciso gerir e decidkir melhor quando tivemos bola, mas fiquei satisfeito com a exibição na primeira parte. Estávamos estáveis na defesa e criar oportunidades, por isso, sim, penso que a abordagem a este jogo foi boa.

Os jogos com a Real Sociedad serão decisivos na Champions?
- Sim. Temos zero pontos e não temos golos, os próximos jogos claro que são muito importantes e decisivos. 

Vê o Inter com capacidade para vencer a Champions?
- Agora estamos focados na fase de grupos... mas o Inter está forte, os principais jogadores da época passada continuam, têm muita qualidade e armas, na equipa e no banco, tudo é possível. Se fizer bem o seu trabalho, diria que tem boas possibilidades de vencer a Champions.

Como viu a estreia de Bernat?
- Era tempo de lhe dar minutos, ele já não tinha problemas e penso que fez um bom jogo, tem muita experiência internacional, espero que possa ajudar muito a equipa.