Carlos Cunha: «Pedi aos jogadores que jogassem com orgulho»
Carlos Cunha orientou o Gil Vicente, frente ao Sporting (FOTO: GrafisLab)

Carlos Cunha: «Pedi aos jogadores que jogassem com orgulho»

NACIONAL12.04.202423:07

Treinador interino do Gil Vicente puxou pela sua equipa ao intervalo para que dessem outra imagem; deu os parabéns ao Sporting que conseguiu ser superior em toda a partida; técnico espera resposta para o que resta da temporada.

Como analisa este jogo? Mérito do Sporting da forma como construiu a vantagem e se o Gil Vicente te de se agarrar ao que fez na 2.ª parte para o que resta da temporada?

- Em primeiro lugar dar os parabéns ao Sporting, porque foi claramente a melhor equipa em campo. Não entramos bem e cometemos o erro de querer sair a jogar e sabíamos que o Sporting fazia uma pressão mais efetiva. Podíamos ter feito diferente e nos primeiros dez minutos o jogo estava praticamente resolvido. Na 2.ª parte estivemos melhor e demos algumas indicações para o que temos de fazer no que resta da temporada.

A entrada forte do Sporting apanhou a equipa de surpresa?

- Não ficamos surpreendidos, estávamos à espera, pois sabíamos que íamos ter um jogo entre duas equipas em contextos completamente opostos. Tínhamos a expectativa de fazer algo mais efetivo no jogo. Mérito do Sporting e algum demérito nosso, na 2.ª parte acabamos por fazer melhor e mostramos que podemos fazer mais.

A equipa pareceu algo debilitada e nunca foi realmente capaz de assustar o Sporting. Que análise faz a esta situação?

- Podemos falar dos primeiros 45 minutos em que tivemos um remate à baliza desenquadrado, tivemos sempre muito baixos, a tentar cobrir o espaço. Com bola o Sporting criou-nos muitas dificuldades e sempre que conseguiam chegar para finalizar fizeram golo, temos de lhes dar o mérito. No segundo tempo, já fomos melhores e sustentados nisso temos de encarar o final de temporada de outra forma.

O que disse aos jogadores ao intervalo, de forma a inverter aquilo que fizeram no primeiro tempo? A equipa foi melhor, mas o Sporting também entrou um pouco em gestão.

- Não fugindo à questão, o Sporting com um vantagem de quatro golos ia gerir na 2.ª parte, mas pedi aos jogadores que jogassem com orgulho e que acreditassem em aglo mais, pois em nossa casa tínhamos de dar uma imagem diferente. Uma semana complicada e com mais uma má notícia antes do jogo e tínhamos de acreditar que podíamos fazer muito mais.

Está numa posição desconfortável e entra numa luta, pela permanência, que talvez não estivesse à espera?

- O jogo de hoje sabíamos que é sempre positivo jogar com os grandes, mas que é sempre difícil, pois o Sporting vinha de uma vitória frente a um rival direto e com o apoio que tiveram era muito complicado. Era difícil somar pontos neste jogo, mas agora faltam cinco jogos até ao final e como todas as outras equipas vamos à procura de somar mais para podermos continuar bem na tabela. Podíamos ter tido um campeonato mais desafogado, mas não foi isso que aconteceu e agora temos de lutar.

Com a infelicidade que aconteceu ao Andrew, como o sentiu ao querer ir a jogo?

- É difícil, cada indivíduo tem uma personalidade muito própria, sendo ainda por cima uma posição específica, mas tive o cuidado de falar com ele ainda ontem à noite e ele transmitiu-me que queria jogar. Sendo a vontade dele, era isso que ia acontecer. Nos golos sofridos não teve hipóteses, fez o que tinha a fazer. Não foi por aí, apenas mais uma situação que se acumulou ao que se foi passando durante a semana, mas a partir daqui é reunir e procurar conquistar mais pontos.

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