Carlos Carvalhal. Imagem: EPA/GEORGIA PANAGOPOULOU

Carlos Carvalhal: «Não estamos a pensar que vamos encontrar um FC Porto fraco»

Treinador dos guerreiros relembra que ainda falta muito para se jogar, mas que esta partida frente ao FC Porto tem o seu peso; técnico revelou que Bambu, Niakaté e Zalazar estão prontos fisicamente; bracarenses esperam um adversário forte que vem ganhando consistência

O SC Braga está a três pontos do 3.º lugar da Liga que é ocupado pelo FC Porto e este sábado (20.30 horas) recebe os dragões no seu estádio, na 25.ª jornada, e Carlos Carvalhal, apesar de reconhecer os méritos do adversário, só pensa em conquistar os três pontos.

«É um jogo importante, sem dúvida, devido ao contexto, pois estamos a três pontos de uma equipa que está à nossa frente, mas jogamos em nossa casa, contra uma equipa boa que mudou de treinador, de estilo e está a consolidar o seu jogo. Uma equipa que com este treinador ainda não perdeu no campeonato. Vai defrontar um SC Braga que está confiante que quer jogar o jogo pelo jogo, cara-a-cara a esgrimir argumentos para vencer pois é esse o objetivo. Mas frente a um adversário complicado.»

Durante a semana de trabalho ficaram algumas dúvidas relativas aos jogadores que vão recuperando de lesões e o técnico, de 59 anos, foi esclarecedor, acrescentando que o plantel lhe transmite confiança.

«A equipa está confiante, sem dúvida, não foi pelo último resultado, porque sabemos porque é que perdemos. Fizemos de tudo para vencer, mas foram cometidos alguns erros que acontecem no futebol que têm de ser colmatados. Bambu está apto, treinou normalmente, praticamente, a semana toda. Zalazar e Niakaté têm alta clínica, mas ainda vamos falar com o departamento de performance para perceber se podem jogar ou não, para não cairmos numa situação de risco, para não haver problemas como tivemos no passado. A recuperação do Vítor Carvalho está um pouco mais atrasada. Porém, creio que para a semana já deve estar apto», revelou o treinador que deixou elogios aos azuis e brancos.

«Uma equipa boa que está a ganhar consistência que mudou de treinador que é bom treinador que começa a notar-se o seu dedo, em função das semanas limpas que tem tido. Também com bons valores individuais, com jogadores de seleção, uma equipa boa, não estamos a pensar que vamos encontrar um FC Porto fraco, bem pelo contrário. Do nosso lado, queremos que o SC Braga esteja forte, que jogue olhos nos olhos que sinta o ambiente no nosso estádio, com a presença dos nossos adeptos e que seja uma noite à Braga

No entanto, os guerreiros ainda têm algumas ausências de peso, como a de Roger Fernandes e de Fran Navarro, que está impedido de jogar pois está cedido pelo FC Porto, mas Carvalhal aponta para outras soluções, falando nos jovens que vão treinando com a equipa principal.

«Lamento muito a ausência do Roger, nunca me lamento de nada e aconteceram muitas coisas durante o ano, com lesões e isso. Obviamente que o Roger traz imprevisilibidade, atitude e alegria no jogo e gostávamos muito de contar com ele. Não está, podemos contar com outras opções que podem passar pelo Gabri Martínez que é um jogador muito rápido, espontâneo e boa capacidade de drible ou pelo [Rúben] Furtado que joga com o pé esquerdo pelo lado direito, muito parecido com o Roger, pois oferece irreverência ao jogo. Também pode passar pelo Sandro Vidigal, um miúdo muito potente, forte que gosta de fazer golos e tem sentido de baliza e pode ser uma mais valia para o jogo de amanhã.»

Nesta antevisão, o treinador dos guerreiros ainda foi questionado sobre as falhas do guardião Lukas Hornicek, principalmente no último jogo (derrota por 1-2 com o Rio Ave) sendo que as encarou como normais e depositou total confiança no jovem checo.

«Nem sequer foi grande tema. Este tipo de erros cometem todos os guarda-redes do mundo. Escorregarem num guarda-redes e defesas nota-se mais, pois pode dar golos. Não estou minimamente preocupado, o Hornicek é um grande guarda-redes, tem uma mentalidade bastante elevada. Vai cometer erros, sim, mas todos vão cometer erros. No segundo golo em Vila do Conde é um pouco diferente, pois foi uma situação zonal e de falta de agressividade. Tem muitos jogadores à frente. Imputámos maior responsabilidade ao buraco que abrimos e na situação de um para um em que o nosso jogador devia ter feito mais.»