Clube está obrigado a procurar nova casa. Olímpico de Montjuic ficará indisponível a partir do final de janeiro e a renovação do Camp Nou está atrasada. Mestalla deverá a ser a solução
O Barcelona terá de jogar a fase a eliminar da Liga dos Campeões noutro estádio que não o Olímpico de Montjuic e o Mestalla, em Valência, deverá ser a alternativa.
Esta solução, de acordo com o jornal Marca, surge na sequência de dois fatores: o atual recinto pertencente à Câmara Municipal de Barcelona já não estará disponível a partir do final de janeiro e as obras do Novo Camp Nou estão atrasadas.
O plano traçado no início da temporada apontava para a equipa disputar a fase de liga em Montjuic e as eliminatórias na casa amplamente renovada, mas a conclusão da empreitada foi adiada, o que obriga a Direção liderada por Joan Laporta a agir... e terá de o fazer rapidamente.
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A UEFA obriga a que todos os jogos na fase a eliminar, a partir do play-off de acesso aos oitavos de final, se disputem no mesmo estádio, o que impede os blaugrana de jogarem, por exemplo, num estádio na próxima ronda e eventualmente no Camp Nou já pronto em meados de abril, caso a equipa continue a seguir em frente.
E tudo conta: se a formação treinada por Hansi Flick garantir os oitavos de final de forma direta, terminando a fase de liga nos oito primeiros (hipótese muito provável tendo em conta que está em segundo lugar, atrás do Liverpool, tendo ainda de defrontar o Benfica na Luz e a Atalanta em casa, a 21 e 29 de janeiro, respetivamente) terá até 21 de fevereiro para anunciar um estádio para os oitavos (agendados para 4 e 11 de março), mas se tiver de jogar o play-off é obrigado a comunicar à UEFA qual o recinto que vai acolher os jogos em casa da equipa até ao final da competição.
O Mestalla, estádio do Valência, surge como primeira opção, sobrepondo-se a alternativas como o Girona, por exemplo, que está autorizado a receber jogos (a equipa local qualificou-se pela primeira vez para a Champions) mas é muito pequeno. Além de cumprir os critérios da UEFA, Valência está mais próximo do que, por exemplo, o Metropolitano, casa do Atlético Madrid, outra opção que chegou a ser considerada.
Também foi equacionada a hipótese Cornellá, casa do Espanhol, por se tratar de um recinto autorizado pelo organismo que tutela o futebol europeu e tem capacidade para 40 mil pessoas, mas não é consensual por se tratar de um rival, o que não seria bem visto pelos adeptos.
Rivais dentro de campo, mas com respeito fora dele
Segundo o culemania, órgão de informação sobre a realidade blaugrana, o Camp Nou não deverá receber licença de utilização até ao final da temporada. Muito para lá, portanto, de 29 de novembro, data inicialmente apontada pela Direção do Barça para a sua inauguração, para coincidir com os 125 anos do clube.