Equipa do Benfica no final do jogo em Guimarães
Equipa do Benfica no final do jogo em Guimarães. Foto: Benfica

Afonso Henriques emprestou a espada da vitória a Trubin: as notas dos jogadores do Benfica

Sim, é verdade, Pavlidis foi importante ao marcar dois golos e Carreras foi gigante na jogada do 0-2. Mas a chave do triunfo escarnado esteve na fechadura topo de gama que o guarda-redes ucraniano colocou na baliza benfiquista.
Melhor em campo - Trubin (8)
Diz-se há muito tempo que um guarda-redes de eleição pode valer meia dúzia de pontos nas contas finais do campeonato. Em Guimarães, o ucraniano Trubin, que com alguma celeuma à mistura substituiu o grego Vlachodimos nas redes encarnadas, foi a peça mais importante da máquina de Bruno Lage, para garantir uma vitória que pelo menos apagasse a nódoa do empate caseiro com o Arouca. Trubin, que defendeu bem uma meia-distância perigosa de Nélson Oliveira aos 37 minutos, assinou duas paradas que qualquer guarda-redes do mundo gostaria de ter no portfolio, primeiro, aos 34 minutos, a deter miraculosamente um cabeceamento, à queima-roupa, de Relvas; e depois, aos 80, voando à velocidade da luz para enviar para canto uma bola rematada, de muito perto, por Nuno Santos.  

5 – TOMÁS ARAÚJO - Entre pinças e algodões, o jovem central do Benfica, adaptado à direita na sequência da lesão de Bah, teve um jogo muito ingrato, onde contou pouco com a ajuda de Di María, e demasiadas vezes teve de se haver com dois adversários em simultâneo. A bateria de Tomás Araújo, que devia durar hora e meia, ficou sem carga aos 72 minutos... 

6 - ANTÓNIO SILVA – O central dos encarnados fez um jogo posicional muito certo, entendendo-se bem com Otamendi. Abdicando correr riscos que já lhe provocaram amargos de boca, deu segurança ao setor, exceto num lance, aos 37 minutos, em que escorregou e deixou Nélson Oliveira visar as redes de Trubin. 

7 – OTAMENDI – No jogo em que ultrapassou os 5.000 minutos na época (e ainda faltam quatro jogos de Liga, um ou dois de Taça, e o Mundial de Clubes) foi o patrão do costume, a voz de comando que decide a forma como a equipa sai a jogar, se em futebol direto à procura de Pavlidis, se a partir de Trubin, convidando a equipa adversária a subir. Um esteio. 

8 – CARRERAS – Jogou para nota 7, mas vai premiado com 8, porque há que descriminar positivamente a brilhante jogada individual que concluiu com um petardo na cara de Varela, no lance do 0-2 para o Benfica. Acabou como terceiro central do lado esquerdo, ficando Dahl como ala desse lado.  

8 – FLORENTINO – Foi de menos a mais e terminou a partida num nível altíssimo. Logo aos quatro minutos teve uma perda de bola comprometedora, mas a partir daí foi sempre a subir, transformando-se num verdadeiro polvo que cortava as iniciativas atacantes do adversário. Ao mesmo tempo, ganhou confiança e passou a distribuir jogo com muito mais critério. 

5 – AURSNES – Apesar de ter sido obrigado, várias vezes, a ajudar a direita em momento defensivo, não teve a lucidez e o discernimento de outras jornadas, contribuindo, por omissão, para alguns períodos de superioridade vimaranense a meio-campo. Fez-lhe bem passar apara lateral direito (72), se calhar o lugar onde, ao dia de hoje, é mais útil à equipa. 

6 - KOKÇU - Pivot da equipa, Kokçu não assinou uma exibição brilhante, mas esteve no lance do 0-1 – um remate seu recargado por Pavlidis) e nunca recusou ajuda a Florentino. Marcou, com força mas à figura, o livre que Varela largou e Pavlidis aproveitou para o 0-3 

4 – DI MARÍA - Pouco capaz de fornecer ajuda defensiva, a diferença que fez na parte ofensiva limitou-se a algumas mudanças de flanco para Carreras. Saiu com uma lesão muscular aos 50 minutos. 

8 – PAVLIDIS – O que é que se pede a um ponta-de-lança? Golos! E o grego, com faro pela baliza, não desaproveitou para recargar por duas vezes bolas defendidas por Varela, tornando-se assim num dos elementos mais importantes do Benfica. Mas é notável o número de primeiras bolas que ganha e a forma como segura o esférico, a meio-campo, de costas para a baliza contrário, dando tempo à sua equipa para subir no terreno. 

7 – AKTURKOGLU – Um bom jogo. Iniciou a jogada do 0-1, foi sempre um apoio defensivo importante para as subidas no terreno de Carreras, e ainda fez um passe açucarado para Schjelderup (76), que viu Varela negar-lhe o golo.  

6 SCHJELDERUP – Boa entrada em jogo, aos 52 minutos, para a esquerda, onde não só teve preocupações defensivas, como viu Varela negar-lhe um golo d ebelo efeito (76) e ainda sofreu falta para ‘amarelo’ de Samu. 

6 – BARREIRO – A lesão de Tomás Araújo obrigou Lage a puxar Aursnes para lateral direito, e o internacional luxemburguês substituiu, com vantagem para o Benfica, o norueguês a meio-campo. Mais lúcido, mais fresco e mais capaz, foi responsável pela melhoria da qualidade da posse de bola dos encarnados. 

5 – BELOTTI – Fez o que lhe foi pedido, ou seja, impedir facilidades na saída de bola do Vitória, numa altura em que o Benfica tinha optado por jogar em 5x4x1, deixando-o entregue à sua sorte 

5 – BRUMA – Entrou para esquerda nos minutos finais (Schjelderup foi para a direita) e foi um travão aos avanços vimaranenses pela direita. 

5 – DAHL – Lage passou a três centrais e o sueco foi chamado a jogo para fazer o flanco esquerdo, sem comprometer.   

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