Marítimo A ira dos sócios do Marítimo na sessão de esclarecimento

A sessão de esclarecimento da Direção do Marítimo aos sócios do clube no que refere ao Plano Estratégico – entrada de investidores privados na SAD - que vai ser apresentado em assembleia geral no dia 27, foi tudo menos pacífica.

Com mais de 200 sócios presentes no pavilhão do clube, o atual presidente do Marítimo, Rui Fontes, foi alvo de toda a contestação da maioria dos sócios presentes. Perante a falta de dados concretos sobre o Plano Estratégico - não foram anunciados valores financeiros dos potenciais financeiros, não foram revelados nomes dos prováveis investidores -, a contestação subiu de tom.

A Rui Fontes foi pedida a demissão imediata da presidência do clube e da SAD. A insatisfação no final era generalizada por parte dos sócios presentes. 

Luis Filipe Santos, sócio do Marítimo, presente na sessão de esclarecimento, saiu defraudado. «Temo pelo futuro do Marítimo. O que aconteceu aqui foi uma mão cheia de nada», disparou. 

Luis Olim, antigo administrador da SAD do Marítimo, que foi demitida pelo atual presidente Rui Fontes, também não ficou nada esclarecido.

«A única coisa que foi apresentada foi um plano de profissionalização de diversos departamentos e que tinha sido colocada no programa eleitoral e recusada pelo atual presidente. O que foi apresentado aqui foi algo que era para ter sido feito há ano e meio», apontou.

Hugo Caetano, consultor da empresa externa ao Marítimo, foi quem teve a responsabilidade de apresentar o tão aguardado plano estratégico. Reconheceu este consultor financeiro a importância do universo Marítimo reorganizar-se em termos financeiros, pois só assim será possível a entrada de investidores. 

«A intenção era apresentar aos sócios o modelo de reorganização do universo Marítimo. O Marítimo tem que profissionalizar-se nomeadamente em relação à SAD. É impossível atrair investidores com o atual modelo de organização do Marítimo. Existem pelos menos dois investidores prontos para entrar caso vá para a frente este plano estratégico. Estes dois investidores estão à espera deste plano estratégico. Contudo, não estamos autorizados a dar nomes sobre os investidores, nem valores a investir.» 

José Augusto Araújo, presidente da Assembleia Geral do Marítimo, reconheceu que a reunião não decorreu dentro do esperado.

«Quando organizámos esta sessão de esclarecimento era para que os sócios tivessem mais dados esclarecedores para a assembleia do dia 27. Infelizmente não conseguimos esse objetivo», reconheceu.