The Best
1. A cerimónia foi impactante, mas Luisão merecia ter terminado a carreira de outra forma, não assim, não agora, poucos meses depois de ter renovado e anunciado que jogaria mais um ano. Mas tudo é melhor do que o risco de tornar-se num taxista em balneário de UBERs.
2. Quando o meu filho fez dois anos dei-lhe um robot, mas não demorei a perceber (já tinha sido avisado por toda a família...) que foi uma prenda demasiado avançada para a idade. Ele acha piada, mas não tem competência para tirar o máximo proveito da tecnologia à sua mercê. Em minha defesa, digo sempre que os árbitros são adultos e muitos deles têm o mesmo problema com o VAR.
3. Entretanto, a paragem no campeonato português foi tão longa que o meu filho já constrói robots.
4. As trocas de galhardetes no Twitter entre Benfica e FC Porto, sobre os casos nos jogos de futebol dos dois clubes, são uma lixeira a céu aberto. Por cada Felipe vale-tudo haverá sempre um Rúben Dias vale-tudo. Vale a pena?
5. O orgulho que sinto por Cristiano Ronaldo ser português, e por cada uma das suas conquistas individuais e coletivas, só encontra paralelo na vergonha que sinto por CR7 não ter estado na gala The Best, já depois de ter feito o mesmo na gala da UEFA, sempre com desculpas esfarrapadas. Não merecia Modric (independentemente de poder discutir-se a justiça da vitória do croata, para não falar no ridículo do prémio Puskas para o golo de Salah) nem merecia a carreira de Ronaldo e todos aqueles que o admiram e o tomam como exemplo. Mais valia ter comparecido e, no momento do anúncio do vencedor, soltar qualquer coisa parecida com o que Nani disse quando foi substituído em Braga.
6. Paulo Gonçalves cessou funções no Benfica e depois surgiu na tribuna presidencial da Luz, como se nada fosse, a assistir ao jogo com o Bayern. É como eu divorciar-me da minha mulher e depois ir jantar fora com ela, quem sabe até fazer amor. Ou Luisão ir para o banco do Benfica em Chaves.