Tirreno-Adriático: João Almeida feliz por terminar em segundo
O segundo lugar de João Almeida na Tirreno - Adriático, abre excelentes perspetivas para a Volta à Itália que se inicia dentro de um mês e meio, principal objetivo traçado pelo ciclista português na presente temporada. Perante um Primoz Roglic (Jumbo) pragmático que chegou à corrida italiana num adiantado momento de forma, Joao Almeida fez uma corrida que primou pela regularidade, demonstrando ser o segundo melhor do pelotão, com dois 8.º lugares e uma 3.ª posição nas etapas decisivas, nas quais Roglic foi sobreano acabando por vencer a geral, pontos, montanha e três etapas.
O 7.º lugar no contrarrelógio foi bastante positivo, enquanto nas três etapas de montanha chegou com o mesmo tempo do vencedor, pelo que as bonificações foram determinantes no triunfo de Primoz Roglic, que nas chegadas ganhou 30 segundos, enquanto João Almeida apenas conquistou 4 segundos, a que juntou o primeiro lugar na juventude e a vitória por equipas.
«Realizei uma corrida bastante positiva. As sensações foram sempre muito boas durante a semana e comecei muito bem com o contrarrelógio. A camisola de juventude é motivador mas o que eu queria era a camisola amarela que ficou bem entregue a Roglic que esteve muito forte, mas que só venceu devido às bonificações, mas não serve de desculpa porque todos conhecíamos os regulamentos. Agradeço à equipa e às pessoas que me apoiam, com a certeza que dei tudo», declarou a A BOLA o ciclista da UAE-Team Emirates que continua focado na Volta à Itália.
«O meu objetivo é o Giro, não escondo que é para isso que estou a trabalhar. Vou lutar para discutir a corrida e um lugar no pódio, sabendo que outros ciclistas pensam da mesma forma. Ainda falta algum tempo e até lá muita coisa pode acontecer, estou motivado para continuar a dar o máximo nas próximas corridas», concluiu o ciclista.
A ultima etapa fico marcada pelo abandono de Tom Pidcock (Ineos) devido a uma queda e várias tentativas de fuga, a última com Peters (AG2R), Fortunato (Eolo), Zoccarato (Green Project), Armirail (Groupama), Ferron (TotalEnergies), Vandenabeele (DSM) e Kluckers (Tudor), foi anulada já dentro de Nice a 3 km da meta. Num sprint massivo, o belga Jasper Philipsen (Alpecin, concluiu da melhor forma o trabalho de Van Der Poel e registou a segunda vitoria na competição, depois de ter vencido no terceiro dia em Foligno.
Nelson Oliveira finalizou na 31.ª posição: «Senti-me bem principalmente nas etapas mais difíceis nas quais tive que trabalhar bastante como físico a reagir dentro do previsto. Foi pena Enric Mas não ter ficado no top cinco para o qual trabalhámos, mas são contingências da corrida. Segue-se a Volta à Catalunha com um salto a Andorra para visitar a família», contou ao nosso jornal o ciclista da Movistar.