Anastasia Pavlyuchenkova acabou por sair vencedora (IMAGO)

«Roubaram-me»: tecnologia falhou de forma escandalosa em Wimbledon

Anastasia Pavlyuchenkova queixou-se de «favorecimento britânico» após decisão polémica do juiz da partida contra Sonay Kartal, que jogava 'em casa'

Para a edição 2025 de Wimbledon, os juízes de linha foram substituídos pela inteligência artificial para garantir, segundo o All England Club, anfitrião da prova, a «máxima precisão e justiça» de cada partida. Ainda assim, finda a primeira semana do mítico torneio, a ação do olho de falcão não tem estado isenta de críticas.

A indignação mais recente (e evidente) pertence a Anastasia Pavlyuchenkova, n.º 50 do ranking WTA. A tenista russa criticou a arbitragem eletrónica pelas decisões tomadas durante o duelo contra Sonay Kartal (n.º 51) nos oitavos de final.

Quando o marcador registava 4-4, Pavlyuchenkova teve a oportunidade de selar o jogo e encaminhar a vitória no primeiro set e parecia tê-lo conseguido após Kartal ter batido a bola para fora das linhas de jogo. Apesar dos avisos da tenista russa de que a bola estava fora, o árbitro anunciou que o olho de falcão não conseguiu analisar o lance.

Face à falha técnológica e à indefinição da equipa de arbitragem, o ponto foi repetido, Kartal quebrou o serviço e colocou-se mesmo na frente do set (5-4). Pavlyuchenkova não escondeu a insatisfação, acusando a arbitragem de favorecer a adversária, última tenista britânica ainda em prova: «Roubaram-me o jogo.»

Apesar de tudo, Pavlyuchenkova manteve o foco, quebrou o serviço de Kartal e venceu o primeiro set por 7-6. após o tie-break. O segundo set confirmou o domínio da tenista russa que venceu por 6-4 e seguiu para os quartos de final de Wimbledon pela primeira vez desde 2016.

Desde o início do torneio, figuras do ténis britânico como Jack Draper ou Emma Raducanu já criticaram a eficácia do olho de falcão. A tenista de 22 anos frisou mesmo que não confia nas decisões tomadas pela tecnologia.

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