«Roubaram-me»: tecnologia falhou de forma escandalosa em Wimbledon
Para a edição 2025 de Wimbledon, os juízes de linha foram substituídos pela inteligência artificial para garantir, segundo o All England Club, anfitrião da prova, a «máxima precisão e justiça» de cada partida. Ainda assim, finda a primeira semana do mítico torneio, a ação do olho de falcão não tem estado isenta de críticas.
A indignação mais recente (e evidente) pertence a Anastasia Pavlyuchenkova, n.º 50 do ranking WTA. A tenista russa criticou a arbitragem eletrónica pelas decisões tomadas durante o duelo contra Sonay Kartal (n.º 51) nos oitavos de final.
Kartal hit this shot long on Pavlyuchenkova's game point at 4-4.
— José Morgado (@josemorgado) July 6, 2025
ELC stopped working, point was replayed despite everybody around the world watching this replay. Insane.
Pavs ended up broken.
Kartal served for the set, got broken after having a set point.
5-5... pic.twitter.com/si8JENrbdl
Quando o marcador registava 4-4, Pavlyuchenkova teve a oportunidade de selar o jogo e encaminhar a vitória no primeiro set e parecia tê-lo conseguido após Kartal ter batido a bola para fora das linhas de jogo. Apesar dos avisos da tenista russa de que a bola estava fora, o árbitro anunciou que o olho de falcão não conseguiu analisar o lance.
Face à falha técnológica e à indefinição da equipa de arbitragem, o ponto foi repetido, Kartal quebrou o serviço e colocou-se mesmo na frente do set (5-4). Pavlyuchenkova não escondeu a insatisfação, acusando a arbitragem de favorecer a adversária, última tenista britânica ainda em prova: «Roubaram-me o jogo.»
Apesar de tudo, Pavlyuchenkova manteve o foco, quebrou o serviço de Kartal e venceu o primeiro set por 7-6. após o tie-break. O segundo set confirmou o domínio da tenista russa que venceu por 6-4 e seguiu para os quartos de final de Wimbledon pela primeira vez desde 2016.
Desde o início do torneio, figuras do ténis britânico como Jack Draper ou Emma Raducanu já criticaram a eficácia do olho de falcão. A tenista de 22 anos frisou mesmo que não confia nas decisões tomadas pela tecnologia.