Selecionador Luís Conceição e guarda-redes Ana Catarina Pereira fizeram a antevisão da final deste domingo (foto FPF)
Selecionador Luís Conceição e guarda-redes Ana Catarina Pereira fizeram a antevisão da final deste domingo (foto FPF)

Portugal à conquista do Mundo: «A preparar-nos para desafiar a história»

Turma das quinas nunca venceu o Brasil, mas Luís Conceição acredita que é possível colocar ponto final à série de 42 (!) vitórias consecutivas da canarinha; «Quem for mais competente, no final vai ser mais feliz», vincou

Que se faça história! Portugal e Brasil disputam este domingo, pelas 11h30 da manhã, a final do primeiro Campeonato do Mundo de futsal feminino. O segundo lugar do pódio e respetiva medalha de prata estão assegurados, mas a turma das quinas quer mais. Muito mais. Mesmo ciente do poderio de adversário que a turma das quinas nunca venceu, e que atravessa série de 42 vitórias consecutivas, o selecionador Luís Conceição acredita que é possível desafiar essa estatística e mostrar aquilo de que é feito o futsal feminino português.

Há poucos anos, seria mais difícil equilibrarmos o jogo com o Brasil. Hoje, as coisas estão diferentes, mais próximas

«Estamo-nos a preparar para isso [para desafiar a história]. É para isso que trabalhamos, é para isso que cá estamos. Viemos para competir, competir, para ganhar. Queremos muito fazê-lo», vincou o técnico luso na antevisão, lembrando que «o Brasil é uma escola de talentos, de gente com muita qualidade», mas ressalvando que Portugal também o é. «Há poucos anos, seria mais difícil equilibrarmos o jogo com o Brasil. Hoje, as coisas estão diferentes, mais próximas. Quem for mais competente, no final vai ser mais feliz», sublinhou, à espera de um jogo com pouca diferença nos golos.

«O resultado tem estado muito equilibrado e amanhã [domingo], numa final, acho que vai ser também por aí. Quem ganhar, não vai ganhar por muita diferença de golos», projetou.

Ao lado de Luís Conceição esteve a guarda-redes Ana Catarina Pereira, que sublinhou a importância desde momento para o futsal feminino, lembrando que «muita coisa mudou» e que tem sido evidente o crescimento.

Há que dar os parabéns a todas as que estiveram envolvidas nesta luta

«O que mudou foi que temos, finalmente, um Mundial de futsal feminino, esse é um dos aspetos mais importantes a assinalar. Há que dar os parabéns a todas as que estiveram envolvidas nesta luta», destacou, garantindo que Portugal vai dar tudo pelo triunfo com a exigência de sempre.

«Encarámos sempre todos os jogos como sendo extremamente difíceis, extremamente exigentes, e isso fez com que, até agora, não deixássemos absolutamente nada por fazer. Continuo com essa mesma sensação, estou extremamente orgulhosa das minhas colegas e de tudo o que temos feito, até aqui», vincou a guarda-redes do Benfica, sem se deter:

«Obviamente que, amanhã [domingo], queremos não deixar nada por fazer. Das piores sensações que um atleta pode ter é sair de um jogo ou de uma grande competição e sentir que podia ter feito diferente naquele lance, que podia ter dado mais. Mas não tenho mesmo nada a apontar às minhas colegas, temos sido muito consistentes no que temos feito ao longo deste Campeonato do Mundo e estou extremamente orgulhosa de todas elas.»