Pinto da Costa (foto: IMAGO) - Foto: IMAGO

Pinto da Costa: «Se os sócios se esquecerem destes 42 anos, as consequências serão deles»

Presidente do FC Porto foi convidado do programa Alta Definição, da SIC

Pinto da Costa celebrou recentemente 42 anos na presidência do FC Porto e com as eleições presidenciais de 27 de abril a aproximarem-se, foi entrevistado por Daniel Oliveira para o programa de Alta Definição, onde fez questão, entre outros temas, de descrever o que é um jogador à Porto.

«É um jogador que sente a camisola, sente a cidade, sente a região. Não é uma luta contra Lisboa, é contra o centralismo de Lisboa.»

Pinto da Costa mostrou depois tranquilidade na abordagem às eleições do FC Porto, onde enfrenta a concorrência de André Villas-Boas, Nuno Lobo e um movimento independente liderado por Miguel Brás da Cunha.

«Encaro as eleições... como dizia o João Pinto, prognósticos só no fim. Eu tenho consciência do trabalho que fiz. Candidatei-me quando não devia, para poder estar com os meus netos e a minha famílias, mas candidatei-me porque vi que o clube podia entrar num beco sem saída com aquilo que estava a ver da outra candidatura. Agora, se os sócios se esquecerem destes 42 anos e não quiserem ver os projetos que já apresentámos, a decisão e as consequências serão deles. Quem reconhecer o meu trabalho e tiver confiança no que eu quero fazer votará em mim, quem quiser esquecer o passado não votará.»

Falando sobre a sua morte, Pinto da Costa revelou um desejo para o seu funeral: «Não quero gravatas pretas nem luto, quero as pessoas com gravatas azuis em homenagem ao FC Porto.

Por fim, esta foi a resposta do dirigente à conhecida questão "O que dizem os seus olhos?": «Os meus olhos estão cansados de olhar à espera que um dia haja paz no mundo e que um dia deixe de haver gente a dormir nas ruas do Porto.»