«O pai está a morrer...», a anedota que Thomas Muller contou no adeus aos adeptos

Thomas Muller jogou, aos 35 anos, pela última vez diante dos adeptos do Bayern, no sábado, na vitória por 2-0 sobre o Borussia Monchengladbach. O contrato termina no final da época e não será renovado.

Muitas vezes responsável pela boa disposição no balneário do Bayern, o avançado veterano viu a inspiração fugir-lhe precisamente no adeus ao Allianz Arena. Cansado e encharcado após vários banhos de cerveja, a lenda bávara esforçou-se mas não conseguiu encontrar uma piada adequada ao momento, durante o discurso que proferiu.

«Desculpem, o humor é algo muito pessoal. Estava à procura de uma boa piada para despedidas e não encontrei nenhuma que me agradasse», disse Muller, ao microfone. Depois, teve uma ideia: «Procurei uma versão mais intrigante, sobre funerais.»

«O pai está a morrer, os seus três filhos rodeiam-no junto à cama. De repente, sente o cheiro do seu bolo preferido, que a esposa está a preparar. Nesse momento, o pai pede a um dos filhos: «Por favor, traz-me mais um pedaço do meu bolo preferido.»

«O filho vai à cozinha, mas volta sem o bolo. O pai pergunta: 'Então? E o meu bolo?' E o filho responde: 'A mãe disse que é só para depois do funeral.'»

Antes, Muller tinha dirigido aos adeptos um discurso emocionado.

«Quando se vê o estádio de fora, toda a gente nos inveja. Vocês fazem dele o que é. O desenvolvimento do clube… Fiz parte deste processo. Chegámos ao topo, estabelecemo-nos lá com perseverança. Nada nos foi oferecido.»

«Quero agradecer às pessoas por terem aturado o Rádio Muller [alcunha de Muller]. Gosto muito das pessoas. O que me vai fazer falta, claro, é marcar golos. Ninguém te pode oferecer isso. Mas também os momentos com os meus colegas de equipa. Desde o Franck Ribéry, que te quer atirar as meias molhadas à cara. Ou a nova geração em torno do Jamu [Jamal Musiala], aquele que te diz no início da época quem vai ser campeão da NBA e que jogadas incríveis fazem.»

No final, Muller concluiu com um «obrigado, também, a todos os adeptos. Vou ter saudades disto! No entanto, podemos olhar para o futuro com otimismo. Vejo muitos jogadores jovens e ambiciosos que dão o seu coração a este clube. Apelo a todos: trabalhem arduamente!»

«É um clube maior do que possam imaginar. Por isso, vou deixar o grande palco. Gostei de ser um gladiador moderno. Estou feliz. Sem lágrimas. Amo-vos a todos! Cuidem-se! Adeus! Vamos! Agora é hora de festejar!»