Madeirenses naufragaram na Mare(zi) cheia (crónica)
Do oito ao oitenta, foram as emoções do Alverca. Começou nos primeiros instantes com uma grande penalidade desperdiçada e terminou com um golo – que valeram os três pontos – ao cair do pano. Má sorte do Nacional, que sofreu quando dominava e estava a criar várias oportunidades para marcar.
Primeira parte sem grandes motivos de interesse, com as balizas sempre muito distantes. Faltaram oportunidades – só uma digna desse nome… - e emoção, e houve muito medo de errar. O nulo ajustava-se à produção nesse período. O equilíbrio prevaleceu, lutou-se muito, mas o preço do bilhete foi muito caro para os espetadores no primeiro tempo.
E o início até poderia ter tornado o jogo diferente, porque logo aos cinco minutos o Alverca teve soberana oportunidade para abrir o marcador. Nabil arrancou na direita e na linha de fundo cruzou, com Matheus Dias na área a abrir os braços e a desviar a bola. Lincoln assumiu a marcação da grande penalidade, mas atirou muito por cima. Foram três pontos para o País de Gales, como se diz na gíria futebolística!
Lincoln desperdiça a grande penalidade e o nulo mantém-se em Alverca ❌#sporttvportugal #LIGAnaSPORTTV #ligaportugalbetclic #FCAlverca #CDNacional pic.twitter.com/FfTqJ9Avdd
— sport tv (@sporttvportugal) December 7, 2025
Diferente foi a etapa complementar. Mais movimentada e com o perigo a rondar as balizas, principalmente a do Alverca. Para tal, muito contribuíram as mexidas dos treinadores, com Tiago Margarido a adicionar qualidade de passe e organização com Miguel Baeza e velocidade com Witi e Custódio Castro a tirar o ouro do banco, com Figueiredo, Davy Gui e Marezi, a construírem o lance capital do encontro.
O Nacional foi melhor na segunda parte. Bem melhor. Os madeirenses construíram boas situações de finalização por Chuchu Ramírez aos 49’ e 80’, ambas com defesa de André Gomes, com destaque para a última, anulando por instinto um desvio na pequena área, assistido por Witi, cuja entrada agitou o corredor direito. O moçambicano também esteve perto de festejar (67’), mas Julían Martínez evitou. Aos 77’, quer Chuchu como Witi, não conseguiram emendar um cruzamento rasteiro de Lenny. E Miguel Baeza (69’) atirou em jeito, errando por pouco.
Mais contido, o Alverca ameaçou aos 53' numa transição rápida conduzida por Sabit, com Sandro Lima a rematar da zona da meia-lua para Kaique defender com dificuldade. Os ribatejanos tentavam explorar o adiantamento do Nacional e aos 83’ Marezi correu em direção à baliza, mas o remate saiu fraco. Contudo, seria de bola parada que o Alverca chegaria à vitória. Figueiredo apontou um canto na direita, a bola sobrou para o lado contrário, com Davy Gui a cruzar para o desvio de Marezi (88’).
As notas dos jogadores do Alverca (3x4x3)
André Gomes (6), Naves (5), Julián Martinez (6), Meupiyou (6), Nabil Touaizi (6), Sabit (5), Alex Amorim (5), Chissumba (5), Lincoln (5), Sandro Lima (5), Nuozzi (5), Marezi (7), Figueiredo (6), Davy Gui (6), Felipe Lima (-) e Baseya (-)
As notas dos jogadores do Nacional (4x3x3)
Kaique (6), Alan Nuñez (5), Léo Santos (5), Zé Vitor (6), Lenny Vallier (5), Liziero (6), Matheus Dias (6), Laabidi (5), Nourani (5), Jesús Ramírez (6), Paulinho Bóia (6), Witi (6), Miguel Baeza (6), Deivison (-), Lucas João (-) e Joel Silva (-)
O que disseram os treinadores
Custódio Castro, treinador do Alverca
Foi uma vitória importante. Estamos a acrescentar pontos ao nosso objetivo e era muito importante vencer em casa. Também foi o segundo jogo consecutivo sem sofrer golos e isso é importante para nós. O penálti surge da nossa boa entrada, depois o jogo foi mais equilibrado. Creio que reagimos bem ao facto de não termos marcado o penálti. Tivemos uma boa mentalidade. Sabíamos que seria um jogo muito físico, frente a uma boa equipa, com um bom treinador. No geral foi um jogo muito equilibrado. Se não estou em erro foram duas grandes oportunidades para nós, uma para eles. O Nacional teve mais remates, mas a posse de bola foi 50/50 e dois cantos para cada lado. Acabaram por nos sorrir os três pontos e acho que nos assentam bem.
Tiago Margarido, treinador do Nacional
A primeira parte foi extremamente equilibrada. Na segunda o Nacional conseguiu perceber os espaços que podia explorar na estrutura e na forma de defender do Alverca. Assumimos as rédeas do jogo, tivemos mais bola e fizemos aproximações à baliza interessantes. Temos uma oportunidade clara do Chuchu (Ramírez). Penso que no somatório da segunda parte fomos superiores e o resultado acabou por ser extremamente injusto. Faltou eficácia, tivemos oportunidades claras e não conseguimos fazer. Faltou-nos capacidade para finalizar