Piloto português envolvido em acidente aparatoso
Piloto português envolvido em acidente aparatoso

Félix da Costa escapa ileso a violento acidente na Fórmula E (vídeo)

Piloto português foi abalroado na corrida do EPrix de São Paulo, no Brasil, na sua estreia pela Jaguar

António Félix da Costa (Jaguar) viu a sua corrida de abertura do Mundial de Fórmula E, em São Paulo (Brasil), transformar-se num verdadeiro cenário de caos, quando foi violentamente abalroado pelo estreante espanhol Pepe Martí (Cupra). O choque, de enorme aparato, atirou o português para a 11.ª posição final.

Partindo de sexto, o piloto de Cascais chegou mesmo a assumir a liderança. Porém, a três voltas do fim, o acidente do seu colega de equipa, Mitch Evans, obrigou à entrada de bandeiras amarelas. Todos os pilotos receberam cinco segundos para reduzir a velocidade - e Félix da Costa cumpriu de imediato. Mas atrás de si, Martí, ainda a ajustar-se ao ritmo da competição, foi surpreendido e colidiu com brutalidade na traseira do Jaguar. O impacto catapultou o Cupra por cima do monolugar do português e também do Porsche de Nico Müller, num salto impressionante que deixou destroços e danos visíveis nos três carros.

A prova foi imediatamente interrompida com bandeiras vermelhas para lidar com o incidente. No reatamento, já com apenas uma volta por cumprir, Félix da Costa viu-se forçado a partir do fundo da grelha: o seu carro tinha sido reparado após o embate, procedimento não autorizado pelo regulamento. Cruzou a meta em 12.º, posição mais tarde convertida em 11.º devido à penalização aplicada ao brasileiro Filipe Drugovich (Andretti).

«Foi daqueles dias em que estávamos no lugar errado à hora errada. Não havia absolutamente nada que pudesse fazer quando o Pepe Martí simplesmente travou em cima de mim, destruindo a asa e o fundo do meu carro», lamentou o português, ainda a avaliar os estragos.

Com uma performance que o fazia acreditar num pódio — «sentia que podia sair daqui com um terceiro ou quarto lugar» — Félix da Costa reconheceu a frustração de terminar sem pontos. Ainda assim, sublinhou o ritmo forte demonstrado tanto na qualificação, onde foi o mais rápido, como na corrida.

O triunfo acabou por sorrir ao britânico Jake Dennis (Andretti), beneficiando de uma estratégia tardia na ativação dos attack modes. Oliver Rowland (Nissan) terminou em segundo, a 1,349 segundos, e o neozelandês Nick Cassidy (Citroën) fechou o pódio.

A segunda ronda do Mundial de Fórmula E disputa-se no México, a 10 de janeiro.