FC Porto: Zubizarreta passa pelos pingos da chuva em época de turbulência
Depois de um autêntico turbilhão de emoções face a mais um terramoto resultante da derrota sofrida na Reboleira diante do aflito Estrela da Amadora, por 2-0, no FC Porto é tempo de reflexão e alguma preocupação com o que resta até ao epílogo da presente temporada. É imperioso sarar com a máxima celeridade as feridas resultantes de um resultado e exibição que provocaram grande desânimo no universo azul e branco e começar a planear o futuro, antecipando vários cenários, estando a equipa orientada por Martín Anselmi obrigada — no mínimo — a conquistar o terceiro lugar no campeonato. E tem apenas três jornadas para o conseguir, sendo que depende de um deslize do SC Braga.
Quem tem passado um pouco pelos pingos da chuva no meio da crise desportiva é Andoni Zubizarreta, eleito por André Villas-Boas para o cargo de diretor desportivo, eles que se conhecem bem dos tempos em que trabalharam juntos nos franceses do Marselha. Na realidade, a chegada do espanhol não teve o impacto que se previa. Esperava-se que tivesse um papel mais assertivo e preponderante em várias ações ligadas à equipa principal, mas não só. Nesta época de desafios, ninguém está isento de responsabilidades. O próprio presidente, André Villas-Boas, teve de enfrentar as adversidades de forma direta.
O desaire pesado, em casa, contra o Benfica e a derrota frente ao Estrela da Amadora causaram forte descontentamento nos adeptos. Equipa, treinador, a Administração da SAD, mas também a direção desportiva são visados pelos portistas e muitos questionam o papel de Zubizarreta, assim como de Jorge Costa, na estrutura do FC Porto.
Sob escrutínio
Enquanto Villas-Boas e Jorge Costa têm um histórico de portismo que lhes confere alguma margem junto dos adeptos, em especial dos mais exigentes e também dos mais ruidosos, as competências de Zubizarreta estão sob escrutínio, sobretudo pela sua ausência em momentos delicados da equipa. É neste mar de incertezas e de críticas profundas à elaboração da época do FC Porto que reside o papel do diretor desportivo dos azuis e brancos, cujo impacto parece não ter sido o esperado pelo universo portista.
O espanhol tem uma personalidade muito própria, de alguma equidistância, apesar de estar sempre próximo da equipa principal e da formação B liderada por João Brandão, mas precisa de mostrar mais serviço. É fundamental que Zubizarreta demonstre maior envolvimento e resultados, sob pena de a sua continuidade no FC Porto ser colocada em risco.
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