Antony: «Se pagaram €100 M é porque tenho valor...»
Antony, extremo do Betis, é um jogador bastante emotivo e, este ano, já foi visto duas vezes com lágrimas nos olhos.
Quando perdeu a final da UEFA Conference League e, mais recentemente, quando foi expulso frente ao Girona tendo, por isso, falado o dérbi contra o Sevilha.
Em entrevista à Marca, o internacional pelo Brasil falou abertamente sobre o assunto.
«Eu sou um homem com muitas emoções. Mas, isso faz parte do futebol. Como disse, sinto muito orgulho por toda a equipa, os dias aqui são incríveis e merecemos muito», começou por dizer antes de ser questionado se já chorou de alergia.
«Já chorei imensas vezes de alegria. Eu sei o que passei em criança, por isso olho para a vida da minha família e lembro-me de tudo o que passei. Claro que choro de alegria, vou chorar sempre», acrescentou.
«Sempre que posso, vou à favela»
O jogador formado no São Paulo também lembrou as suas origens.
«Hoje olho para trás e sinto orgulho do homem que sou, do pai que sou. Lembro-me sempre da favela, é um lugar muito especial para mim. Sempre que posso, nas férias, tenho de ir lá para me reconectar com as minhas origens», revelou.
Antony renasceu em Espanha, depois de tempos muito complicados no Manchester United. O jogador ingressou nos red devils depois de brilhar no Ajax e custou 100 milhões de euros, mas garante que o valor não o afetou.
«Não [afetou], de todo. É verdade que quando pagam 100 milhões por ti, a pressão é muito maior, mas eu conheço a minha qualidade. Se pagaram esse valor, é porque tenho valor. Eu não olhava para os 100 milhões, olhava para a história que percorri para chegar até ali, sempre com a cabeça no lugar, que é o mais importante», explicou antes de assumir as responsabilidades por ter corrido mal.
«Mentalmente não estava bem»
«Claro que tenho a minha responsabilidade. Passei por problemas fora de campo e, mentalmente, não estava bem. Mas são coisas que acontecem na vida e fazem parte do processo. Por mais difícil que tenha sido, tinha de passar por isso», continuou.
«Houve muitas coisas boas. Falo dos momentos difíceis, mas também vivi momentos muito bons lá. Conquistei títulos, fiz grandes amigos... Tudo isso ficará comigo para toda a vida», concluiu.
O jogador de 25 anos - que agora é um ídolo no Betis - garante estar «muito feliz» no clube de Sevilha e quer conquistar a UEFA Europa League e chegar à UEFA Champions League.
Esta época leva 6 golos e 4 assistências em todas as competições.