Festa minhota depois dos tentos de Ismael Gharbi que permitiram a conquista dos três pontos (Foto: Miguel A. Lopes/LUSA)
Festa minhota depois dos tentos de Ismael Gharbi que permitiram a conquista dos três pontos (Foto: Miguel A. Lopes/LUSA)

Estoril-SC Braga, 0-2 Um senhor que deu a mão a um menino: as notas dos jogadores do SC Braga

NACIONAL19.04.202520:46

Aos 38 anos, o jovem João Moutinho continua a encantar. Agradeceu outro 'miúdo', Gharbi, que ofereceu amêndoas aos adeptos arsenalistas. Triunfo seguro e justíssimo, sim, mas com Lukas Hornicek a demonstrar que é guarda-redes de clube grande. Uros Racic faz tudo bem

O melhor em campo: Ismael Gharbi (8)

Ao perfume que coloca sempre que tem a bola nos pés, juntou-lhe agora, também, outro dado que é sempre fundamental nos criativos: o golo. Depois de tantas vezes ter-se destacado nas ofertas para os seus companheiros, decidiu chamar a si o protagonismo na hora de finalizar e bisou. Mas bem pode agradecer a João Moutinho, que ofereceu as amêndoas para o folar ficar completo.

Mesmo com uma tarde relativamente tranquila no António Coimbra da Mota, a verdade é que Lukas Hornicek foi o que se pede a um guarda-redes de equipa grande: que esteja atento e que resolva sempre que é chamado. E assim foi. O jovem checo demonstrou o porquê de já poucos adeptos dos arsenalistas se lembrarem de Matheus e quando teve de intervir (apenas e só na primeira parte, porque na etapa complementar foi… um mero espectador) respondeu à altura. Intervenções seguras a remates de Pedro Carvalho (4’), André Lacximicant (32’) e Jordan Holsgrove (36’). E pelo meio ainda impediu… um autogolo de Víctor Gómez (7’).

À sua frente esteve um quarteto defensivo que se mostrou quase sempre seguro, sendo que no miolo esteve a dupla que tem dominado todas as operações dos minhotos: João Moutinho e Uros Racic. O português e o sérvio voltaram a jogar de olhos fechados, controlando os processos à retaguarda e dando início às jogadas de ataque. O antigo internacional luso coloriu mais uma grande exibição com duas assistências perfeitas para os dois golos dos minhotos.

Rodrigo Zalazar não precisou de grandes acelerações para fazer o que é habitual, ou seja, coordenar os movimentos atacantes da equipa, o mesmo acontecendo com Ricardo Horta que, sem marcar ou assistir, apareceu muito bem entre linhas, terrenos que pisa como ninguém.

Afonso Patrão não teve, desta vez, a influência que tinha tido nos dois jogos anteriores – marcara no empate com o Sporting (1-1) e assistira na goleada ao Aves SAD (4-1) -, mas não deixou de ter movimentações interessantes sem bola, arrastando consigo os centrais adversários.

Com o resultado feito ao intervalo, os bracarenses limitaram-se a gerir o encontro na segunda parte, período em que apenas Gabri Martínez teve reais possibilidades de aumentar a contenda: em cima do minuto 90, o espanhol isolou-se pela esquerda e, já na área, rematou cruzado para uma excelente intervenção de Joel Robles. São compatriotas, mas o guarda-redes dos estorilistas não foi amigo do extremo dos bracarenses.

As notas dos jogadores do SC Braga:

Lukas Hornicek (6), Víctor Gómez (5), Paulo Oliveira (5), Niakaté (5), Francisco Chissumba (5), Uros Racic (7), João Moutinho (8), Rodrigo Zalazar (6), Ricardo Horta (6), Ismael Gharbi (8), Afonso Patrão (5), El Ouazzani (5), Gabri Martínez (5), Robson Bambu (5), Vítor Carvalho (-) e Gorby (-)