Presidente defende Abel no caso com o São Paulo: «Têm inveja»

A presidente do Palmeiras Leila Pereira, confirmou que o clube estuda medidas legais contra o diretor para o futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, por ofensas ao treinador Abel Ferreira, depois do encontro entre os dois clubes no domingo.

Entre outras coisas, Carlos Belmonte classificou Abel Ferreira como português de merda» numa confusão nos balneários depois do empate (1-1)  no Morumbi e o clube já tinha admitido atuar na Justiça citando xenofobia.

4 março 2024, 16:48

Palmeiras quer processar diretor do São Paulo por xenofobia contra Abel Ferreira

Em causa está um vídeo onde diretor de futebol do São Paulo insulta o treinador português após o embate entre o clube tricolor e o 'verdão'

Leila Pereira disse, em entrevista ao Globoesporte, que estuda com os advogados se é possível proibir a entrada do diretor de futebol em casa do Palmeiras.

«Vi o vídeo horrível do senhor Carlos Belmonte xingando [ofendendo] o nosso treinador e acho que como em tudo na vida temos de refletir primeiro antes de falar. Por isso espero que as autoridades tenham uma atitude exemplar, punindo o Belmonte para que isso não aconteça novamente. Gostaria até que ele não fosse mais ao [estádio] Allianz. É uma persona non grata nos nossos ambientes. Temos de travar essa violência insana, e nós como dirigentes temos que ser os primeiros a levantar essa bandeira», afirmou Leila Pereira.

Dirigentes do São Paulo acusaram o árbitro de ‘deixar’  Abel Ferreira ‘apitar’ o jogo.

4 março 2024, 06:56

Presidente do São Paulo ‘atira-se’ a Abel Ferreira: «Chega de apitar os jogos»

São Paulo 'proibiu' o treinador português de falar na conferência de imprensa após a partida do Paulistão. Julio Casares, presidente dos tricolores, não poupou nas críticas à arbitragem e ao treinador do Palmeiras: «Hoje foi uma vergonha o que vimos no Morumbi. O Abel tinha de ser expulso, ele apitou o jogo»

«O que aconteceu é inadmissível e eu só acredito que conseguimos coibir esse tipo de violência com punição, e temos de começar pelos dirigentes. Eles querem jogar para a torcida deles, para ficar bonito com o torcedor, só que o São Paulo não joga sozinho. Estamos muito revoltados e não vou admitir que alguém agrida fisicamente ou verbalmente qualquer um dos nossos profissionais», acrescentou.

A rivalidade entre os dois clubes acaba assim por falar mais forte e ‘derrubar’ uma recente tentativa dos presidentes a uma reaproximação e clima mais amistoso. No ano passado até se cederam os estádios. Agora Leila fala em «inveja» pelo trabalho vencedor de Abel:

 «No fundo eu acho que tudo é despeito, inveja do trabalho ímpar do Abel aqui no Brasil. Tenho orgulho imenso de poder contar com o Abel por tanto tempo vou ser candidata à reeleição e se for reeleita meu trabalho vai ser manter o Abel até o último dia do meu mandato. Está totalmente adaptado, tem ligação muito forte connosco. Atacar gratuitamente um treinador... Se acham que o Abel está a proceder de uma forma incorreta,  é a arbitragem que tem de dizer.»