«Podia ter tido mais oportunidades em Portugal»

Venezuela «Podia ter tido mais oportunidades em Portugal»

INTERNACIONAL11.07.202322:36

Mudou-se para o futebol venezuelano, rubricando contrato com o Academia Puerto Cabello, após longas seis temporadas em Portugal vestindo a camisola de clubes como o Leixões, Olhanense, Benfica Castelo Branco, Mafra e Trofense. Falamos de Stevy Okitokandjo, avançado de 29 anos, que em conversa com A BOLA, explicou as razões para a saída de Portugal.

«Eu acho que já tinha feito o meu percurso em Portugal. Ajudei várias equipas, marquei golos, deixei a minha marca. Seis anos é algum tempo no futebol. E eu queria muito experimentar um campeonato diferente, conhecer um país diferente e aproveitar algo novo na minha carreira. Felizmente surgiu o convite do Academia Puerto Cabello e decidi experimentar», começou por dizer, ficando um amargo de boca por nunca ter tido a oportunidade de jogar no principal escalão.

«Não me sinto injustiçado por não ter chegado à Primeira Liga. Sinto que podia ter tido oportunidades mas não guardo rancores. Acho que o meu percurso foi bonito na mesma», disse.

Sobre o futebol venezuelano, Okitokandjo disse estar surpreendido após os primeiros dias: «É verdade. É mais um país que vou ter a oportunidade de conhecer. Na verdade, tenho vindo a conhecer o futebol agora. Não sabia muito sobre o país mas falei com alguns atletas que me deram um bom feedback. Quanto à adaptação, tem corrido bem até agora mas ainda tenho de me adaptar ao clima, cultura e ao futebol claro.»

Sobre o futuro, o avançado que apontou 56 golos em solo luso, garantiu que nunca fechará as portas a um regresso.

«Gostava de voltar a Portugal, sim. Fui muito feliz em Portugal. Portugal é um país muito bonito, com excelentes jogadores e um campeonato muito forte. Quando saí, mantive portas abertas e sei que um dia posso voltar. O futebol traz-nos sempre surpresas e na vida há sempre esperança, portanto acredito», desabafou.

Sobre as recordações, positivas e negativas, o atacante destacou os momentos mais marcantes.

«Acho que vivi grandes momentos no futebol português. Felizmente foram muitos mais do que os momentos negativos. O momento mais alto talvez a campanha ao serviço do CD Mafra na Taça de Portugal. Foi uma época brilhante e que nunca esquecerei. Escolho também a época de 19/20, ao serviço do Benfica Castelo Branco, onde fui o melhor marcador da Taça de Portugal com seis golos. O momento negativo e que me marcou mais foi, sem dúvida, a descida de divisão com o Trofense na temporada passada. Aproveito desde já para enviar um abraço e uma palavra de força aos adeptos do clube, desejando boa sorte para a próxima temporada!», afirmou, terminando com aquelas que são as suas principais referências no futebol e os jogadores que mais o impressionaram em Portugal:

«Quando era pequeno, gostava muito de Thierry Henry, Samuel Eto e Didier Drogba. Em Portugal, joguei contra e com muitos bons jogadores. Como adversários, Rafael Leão e Brahimi. E, como colega de equipa, aprendi muito com Djalma Campos, dentro e fora do campo.»