Pinto da Costa: «Soube que o Sérgio Conceição não ficaria se eu saísse»
Pinto da Costa e o célebre abraço e beijo na testa de Pinto da Costa no Coliseu (IMAGO)

Pinto da Costa: «Soube que o Sérgio Conceição não ficaria se eu saísse»

NACIONAL06.04.202410:50

Atual presidente e candidato às eleições diz que o técnico tinha uma proposta árabe de 45 milhões de euros. Acusa Villas-Boas de prometer as mesmas regalias às claques e diz que o antigo treinador quer fazer no FC Porto «como fizeram no SC Braga»

Pinto da Costa garante que um dos motivos na origem da decisão de avançar para um novo mandato foi a informação de que Sérgio Conceição só ficaria como treinador do FC Porto com o mesmo presidente.

«Soube que o Sérgio Conceição não ficaria se eu saísse», diz o líder postista e candidato às próximas eleições, em entrevista ao Jornal de Notícias.

«Ele está no FC Porto e nunca disse que estava na cadeira de sonho, porque ele nunca está sentado, está sempre em atividade, mas no ano passado podia ter saído. Teve tudo à frente para assinar num hotel em Paris com as bandeiras de um clube árabe e com um contrato de 45 milhões de euros sem impostos. E disse que não tinha coragem de sair do FC Porto nesta altura. Estou convencido de que um dia terá de partir, eu não terei coragem para lhe dizer que não. Mostrou que não está aqui por dinheiro nem por ter uma cadeira de sonho, porque anda sempre a correr de um lado para o outro», acrescenta Pinto da Costa.

O presidente do FC Porto assumiu que «há um problema» com a bilhética, mas lembrou que o Conselho Fiscal tem um inquérito em curso e garantiu que o protocolo com as claques é para manter, com o cuidado necessário para evitar «extravios ou negócios». Diz ainda que foi informado de que «a lista concorrente contactou a claque Super Dragões a dizer que se se virassem para ele, lhes mantinham todas as regalias».

Pinto da Costa acusa ainda André Villas-Boas de estar refém «dos interesses televisivos e os interesses de fazer do F. C. Porto como fizeram no Braga». «Trazer aqui um comprador, que até podia ser o mesmo [QSI], e depois poder negociar jogadores e proporcionar ao Joaquim Oliveira, como proporcionaram com o Braga, aproveitar a boleia e vender as suas ações. O F. C. Porto foi avaliado em 500 milhões de euros e quem tem 7% de ações... É fazer as contas», acrescenta.