Modalidades «representam menos de 10% das despesas totais» no FC Porto
João Khoeler em Famalicão

Modalidades «representam menos de 10% das despesas totais» no FC Porto

NACIONAL22.03.202422:02

João Khoeler falou sobre as dívidas atuais do clube azul e branco

João Khoeler esteve ao lado de Pinto da Costa na sessão de esclarecimento na Casa do FC Porto em Vila de Famalicão e, como homem-forte das finanças da candidatura, esclareceu acerca dos problemas financeiros do clube e como os pensa contornar no futuro.

«Quero abordar diretamente a questão do impacto das modalidades no orçamento do clube, que representa menos de 10% das despesas totais. Para contextualizar, o FC Porto gasta anualmente cerca de 165 milhões de euros apenas na equipa principal de futebol, incluindo salários, amortizações de passes de jogadores e encargos financeiros. Como é prática comum na Europa, o clube é obrigado a vender jogadores para equilibrar as contas, o que gera receitas extraordinárias. Apesar de possuir uma dívida considerável, o FC Porto tem capacidade de gerar receitas suficientes para cumprir osseus compromissos financeiros. A maior parte da dívida do clube está colateralizada, garantida por terceiros, como contratos de televisão e patrocínios. Estamos em processo de renegociação para reduzir o custo do serviço da dívida, visando diminuir os 25 milhões de euros anuais em juros para 10 milhões de euros», disse o empresário.

Khoeler deixou garantias de que o «objetivo passa por dobrar as receitas do clube nos próximos três anos. Para isso, planeamos aumentar as receitas televisivas e de bilheteira, bem como criar novas fontes de receita, como um banco digital baseado na base de sócios e adeptos do clube. Queremos expandir a marca do FC Porto internacionalmente, especialmente nos mercados lusófonos, com a criação de academias e participação em campeonatos locais».

João Khoeler refere que quer «tornar o clube financeiramente sustentável, mas também fortalecer a marca globalmente».

Pinto da Costa frisou ainda que o FC Porto vai «continuar a fazer investimento«.

O Varela não veio de graça, o Nico também não. O Otávio igual. Apesar das dificuldades do clube na tesouraria, temos investido na equipa e vamos continuar a investir. Não investimos mal. Se vir o Varela, o Otávio, o Francisco e o Nico, são quatro grandes investimentos, mas custaram dinheiro. Agora valem é muito mais do que custaram. Temos de continuar a fazer isto, acertar em jogadores como acertámos nestes», explicou.

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