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Há 10 anos ocorreu um dos jogos mais memoráveis da história da Premier League
Tarde especial para Arsène Wenger terminou em pesadelo frente a José Mourinho. Houve goleada, uma expulsão que nunca aconteceria com o VAR e um certo avançado egípcio estreou-se a marcar em Inglaterra
22 de março de 2014: um dia especial para Arsène Wenger. O treinador do Arsenal, onde estava há 18 anos, chega ao milésimo encontro à frente dos gunners. O adversário foi o rival Chelsea, treinado por José Mourinho. Dizer que os dois técnicos não morrem de amores um pelo outro é pouco. Apenas um mês antes deste o duelo, o português disse sobre o francês: «Ele é um especialista no fracasso. Eu não.»
Sobre o jogo, nos primeiros 15 minutos do mesmo, nada podia ter corrido pior ao Arsenal. Samuel Eto’o (5’) e André Schurrle (7’) marcaram, e depois Kieran Gibbs foi expulso por uma mão na bola de… Oxlade-Chamberlain. O árbitro da partida confundiu os dois jogadores e expulsou o errado.
Chamberlain disse ao juiz Andre Mariner que fora ele quem cometera o penálti. Este não se convenceu e manteve a sua decisão. De qualquer forma, Hazard não desperdiçou a oportunidade para fazer o 3-0.
Um bis de Oscar confirmou a goleada, antes de um tal de Mohamed Salah ainda fazer o gosto ao pé, marcando o último golo da partida e o seu primeiro em Inglaterra e pelo Chelsea, após o clube pagar 16 milhões de euros pelo jogador ao Basileia no anterior mês de janeiro.
Salah não seria feliz em Londres, saindo para a Roma pela porta pequena em 2016. Dificilmente alguém diria que, 10 anos após esse primeiro golo, o egípcio se teria tornado uma estrela do Liverpool, com 154 golos marcados na Premier League.
Após o seu jogo n.º 1000 no Arsenal acabar, Wenger estava bastante dececionado na conferência de imprensa: «Foi um pesadelo e assumo toda a responsabilidade. Estamos todos desapontados.»
Já Mourinho, foi igual a si próprio. Saiu do banco antes do jogo terminar para, segundo o próprio, dizer o resultado da partida à mulher: «A minha mulher está à espera que lhe ligue e está sempre com dúvidas. Se lhe puder dar o resultado dois minutos antes, faço-o.»
O Arsenal terminaria o campeonato no 4.º lugar, uma posição atrás do Chelsea, que tiraria o título ao Liverpool a três jornadas do fim, graças, em parte, à famosa escorregadela de Steven Gerrard. O campeão seria o Manchester City.
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