Martín Anselmi diz que os adeptos têm o direito de manifestar o seu descontentamento.
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FC Porto: futuro de Martín Anselmi em equação

NACIONAL28.04.202509:14

Treinador insiste em proposta de jogo que deixa equipa exposta a perigo constante. Sem um plano B sempre que as coisas não correm de feição nas quatro linhas. Aura que trazia começa a desvanecer-se e precisa de mostrar serviço nos jogos com Moreirense, Boavista e Nacional

Com três meses de trabalho à frente do comando técnico do FC Porto, Martín Anselmi continua sem convencer o universo azul e branco. A derrota vergonhosa sofrida no Estádio José Gomes, na Reboleira, voltou a deixar a nu as imensas fragilidades de uma proposta de jogo que não se encaixa no ADN do FC Porto, nem tão pouco no perfil de jogadores que tem à sua disposição. A insistência na matriz com três defesas tem funcionado como um autêntico declínio para os azuis e brancos, que vivem numa agonia constante, com a equipa a cometer erros infantis em vários momentos das partidas.

Ao invés do que era desejado, a chicotada psicológica operada em janeiro, com a saída de Vítor Bruno, já em completo choque de ideias com parte do plantel portista, não surtiu efeito e a aura trazida por Martín Anselmi começa a desaparecer à medida em que o epílogo da temporada que se aproxima.

O registo do treinador argentino no campeonato está bastante aquém das exigências de um clube com a dimensão do FC Porto e nem mesmo o facto de ter pegado na equipa já em declínio, a verdade é que, comparativamente com o seu antecessor, os números são amplamente piores. 6 vitórias, 3 empates e 3 derrotas é o saldo do atual timoneiro dos dragões, um pecúlio bastante reduzido para quem chegou com um discurso audaz de colocar troféus nas vitrinas do museu do FC Porto.

Martín Anselmi diz que a equipa melhorou na segunda parte, mas não alcançou o golo
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Confrangedor tem sido também o seu comportamento no banco, uma vez que Martín Anselmi muitas vezes parece perdido, sem conseguir esboçar uma reação, incapaz de colocar em prática um plano B para dar a volta ao que de menos mal corre dentro das quatro linhas.

O argentino tem mais dois anos de contrato, a SAD do FC Porto terá ainda de pagar uma indemnização do Cruz Azul — num processo que está já a ser analisado pela FIFA —, mas é inequívoco que o capital de confiança que tinha quando chegou, com um discurso audaz, está literalmente a perder-se no tempo, com resultados e exibições vergonhosas, que deixam nesta altura o seu futuro em aberto, apesar de a sua ligação ao clube terminar apenas em 2027.

Análise de João Pimpim, editor-executivo de A BOLA, ao ato de indisciplina e à reação de Martín Anselmi
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Depois da goleada sofrida em casa diante do rival Benfica, Martín Anselmi volta a estar no olho do furacão, ele que lidera uma equipa onde a falta de qualidade é gritante, mas também começa a ter a sua dose elevada de responsibilidade, uma vez que os processos de evolução têm regredido e não progredido, como seria de esperar. O contexto é difícil, o terceiro lugar no campeonato ainda é possível, mas o destino do treinador será traçado muito em face do que fizer com o Moreirense e Nacional da Madeira (ambos no Estádio do Dragão) e com o Boavista (Bessa). O balão de oxigénio começou a esvaziar e pode ser um ponto sem retorno para Anselmi. No final do encontro da Reboleira viu lenços brancos e começa a perceber agora a dimensão e exigência do clube onde está... Falta saber se ainda ainda vai a tempo de mudar o rumo dos acontecimentos...

Direção desportiva criticada

Foi uma semana conturbada para as bandas do Dragão, primeiro com a noitada no aniversário de Otávio, que levou à instauração de cinco processos disciplinares ao brasileiro, Tiago Djaló, Samu, Danny Namaso e William Gomes, bem como as multas aplicadas a Martim Fernandes e Nehuén Pérez. Os adeptos estão irados com a falta de pulso demonstrada pela Direção desportiva, mormente por parte de Andoni Zubizarreta, que continua a passar pelos pingos da chuva no meio de uma crise de resultados e também com os casos de disciplina que marcaram 2024/2025. A Jorge Costa, que tem exibido uma postura mais soft nas novas funções, também exigida maior responsabilidade, ainda para mais tratando-se de um elemento que conhece a casa como poucos...