Destaques do Benfica: o melhor ataque (só) veio da defesa
Aursnes esteve em bom plano, Foto GRAFISLAB

Destaques do Benfica: o melhor ataque (só) veio da defesa

NACIONAL03.12.202321:16

Aursnes e Otamendi estiveram em alguns dos melhores lances ofensivos da equipa; altos e baixos de Di María, Kokçu saltou do banco e jogou bem

O melhor do Benfica: Aursnes (6)

Passou por dificuldades defensivas no primeiro quarto de hora, sem o competente apoio de Florentino ou Di María, mas soltou-se rapidamente em termos ofensivos, com boa incursão à área adversário ao minuto 15. Foi subindo de rotação e assinou excelente antecipação na área do Benfica evitando que bola chegasse a Kodisang aos 17’, aos 18’ serviu bem Di María na área do Moreirense. Também tentou a sorte, com remate fácil para Kewin Silva ao minuto 43. Manteve o nível na segunda parte, ajudando sempre que possível a equipa a empurrar o Moreirense e só no último minuto falhou: com a pressa, passe errado em zona perigosa, sem consequências.

(5) Trubin — Entrou em ação ao minuto 10, bola fácil saída do pé de Kodisang, depois foi aparecendo a intercetar cruzamentos e a jogar com os pés, bastante descansado apesar do perigo que rondou a baliza do Benfica na primeira parte. A segunda foi ainda mais descansada. 

(6) António silva — Também sofreu no primeiro quarto de hora com Madson e André Luís no seu raio de ação, mas foi resolvendo os problemas com serenidade e terminou com total domínio da situação.

(6) Otamendi — Mais distante da raiz do perigo do que os companheiros do lado direito do setor defensivo, começou por sobressair ofensivamente, com um belo desvio de cabeça aos 16’.Depois, aos 43’, belo passe longo a permitir ocasião a Aursnes. Menos perigoso na segunda parte, mas sempre seguro. 

(5) Morato — Fez os possíveis, fechando o seu lado com competência, aparecendo a tentar envolver-se no ataque, com cruzamentos. Mas é estranho ver um jogador de metro e 90 a pisar aqueles terrenos tão laterais. 

(4) Florentino — Perdas de bola em zonas perigosas, alguma lentidão, apanhado claramente pela velocidade e rotação dos adversários no primeiro quarto de hora. Ao minuto 16 emendou cabeceamento de Otamendi na área do Moreirense, mas a um metro da baliza errou o alvo, mais parecendo um corte. Em cima do intervalo finalmente um passe ofensivo de qualidade, lançando Rafa. Roger Schmidt precisava de outra qualidade ofensiva e o médio já não regressou do intervalo. 

(5) João Neves — Como sempre, o primeiro a meter ordem na equipa, a sair de forma organizada. Claramente desacompanhado a meio campo, não apareceu como gosta, mas ficou com surpresa no balneário ao intervalo. 

(6) Di María — Trapalhão e nem sempre tão generoso quanto deveria no arranque do encontro, foi melhorando com o tempo. Apontou muito bem um canto aos 16’, aos 18’ atirou à figura de Kewin Silva, aos 29’ fez belo cruzamento para Tengstedt, em cima do intervalo construiu bela jogada individual, evitando adversário após adversário, mas João Mário não conseguiu dar a melhor sequência. Voltou bem do intervalo, ao minuto 48 disparou com perigo, bola ligeiramente acima da trave, mas foi perdendo fulgor. 

(5) Rafa — Só aos 23’ fugiu, finalmente, à marcação e criou perigo, mas sofreu falta já perto da linha da área. Nova fuga aos 45+4’, nova falta sofrida com amarelo para o marcador. Na segunda parte foi Ponck a parar atacante e a ser sancionado. Rafa provocou amarelos mas nem por uma vez esteve perto de marcar ou dar a marcar. 

(5) João Mário — Quase invisível na primeira parte, ainda que se notasse a preocupação de apoiar Morato do ponto de vista defensivo, subiu de produção após o intervalo, envolvendo-se muito mais no trabalho ofensivo da equipa. Marcou aos 72’, golo foi anulado. 

(5) Tengstedt — Primeira tentativa de visar a baliza ao minuto 29’, errou o alvo, mas não por muito e até nem era bola fácil. Ao segundo poste correspondeu de primeira a cruzamento largo de Di María, em esforço. Depois, ao minuto 48, inverteu papéis, colocando a bola no argentino, deixando-o em posição de remate. E foi praticamente tudo o que se lhe viu.

(6) Kokçu — Sentiu a dureza de Marcelo um punhado de minutos depois de ter sido lançado na partida. Fez toda a segunda parte, fez um belo passe atrasado para o golo de João Mário, mas havia fora de jogo, e ainda conseguiu um belo disparo de muito longe aos 75’, este a aquecer as mãos de Kewin Silva. 

(5) Chiquinho — Passou, cortou, conduziu, sem rasgos. 

(4) Arthur Cabral — Entrou aos 72’ e não sobressaiu. Pouco em jogo, terminou com finalização de calcanhar totalmente falhada.

(-) Gonçalo Guedes — Entrou aos 88’ e não teve efeito. 

(-) João Victor — Entrou aos 88, escorregou na primeira ação.