— Há assim tanta rivalidade entre aazioe aRomacomo se diz?
— Há uma grande rivalidade, mas nada a que já não esteja habituado. Um Benfica-Sporting ou um Benfica-FC Porto talvez sejam mais quentes. Eu também fervo aqui, mas senti mais em Portugal.
— Vamos recuar aquele jogo frente ao FC Porto, ainda na fase regular da Liga Europa, em que a Lazio venceu por 2-1. Viu um FC Porto mais frágil que nos últimos anos?
— Não, porque nós também só fizemos o 2-1 já a acabar. Foi um jogo muito bom da nossa parte. Temos que ver também que o FC Porto não estava na melhor altura em termos de resultados. Mas toda a gente sabe que o FC Porto é uma equipa aguerrida, por mais que as coisas não estejam a sair...
FC Porto sofreu os golos no tempo de compensação de ambas as partes. Duas falhas defensivas imperdoáveis e a bola parada continua a ser um problema por resolver. Apuramento direto comprometido...
O SC Braga foi melhor, mais eficaz e teve mérito na vitória
— Já na última jornada, perderam frente ao SC Braga. Houve um deslumbramento da Lazio por ter o primeiro lugar garantido ou foi mesmo mérito dos Minhotos?
— Não, eu acho que naquele jogo tivemos um dia mau. O SC Braga foi melhor, mais eficaz e teve mérito na vitória.
Grande SC Braga na maior parte do tempo. Atacar quase sempre com perigo e defender sempre de forma imperial. Faltou um golo para o sonho ser realidade, mas para a história fica a vitória sobre o líder da prova
— E agora, quais são os objetivos da Lazio na Liga Europa depois do primeiro lugar na fase regular?
— O objetivo será sempre chegar o mais longe possível, sempre com a mentalidade de que podemos ganhar e de que temos equipa para ganhar. Vamos fazer isso até o fim.
— Qual é o momento que recorda com mais carinho desde que chegou à Lazio?
— Foi o treino aberto antes do dérbi com a Roma. Acho que foi emocionante. Os adeptos estavam a torcer por nós ali no treino, a gritar e a cantar. Também quando perdemos 6-0 contra o Inter, em casa, eles estiveram sempre a apoiar-nos, e depois, no final, quando fomos lá, eles disseram que estavam conosco, independentemente do resultado, e eu acho que é isso que marca a diferença.
Lazio de Nuno Tavares e Vecino recebe esta noite o Cagliari antes de defrontar o FC Porto na quinta-feira. Foto IMAGO
OEstádio da Luz é muito caloroso, e como aqui é um estádio mais aberto e maior, a percepção é diferente
— É um público mais fervoroso do que no futebol português?
— Eu acho que o Estádio da Luz é muito caloroso, e como aqui é um estádio mais aberto e maior, a percepção é diferente.
— Fora do futebol, como é o dia-a-dia de um jogador português em Itália?
— Com os jogos que temos tido, praticamente não sobra muito tempo. É comer, descansar, treinar, dormir, e às vezes uma saída para jantar ou almoçar, mas não passa disso. Roma é uma boa cidade e eu gosto, mas o mais importante é que estou confortável.
— Sente que a carga de treinos e exigência é maior do que quando esteve cá em Portugal?
— Eu acho que cada clube faz a gestão à sua maneira, até porque os planos são diferentes, tal como a maneira como cada um trabalha. Eu acho que isto varia de clube para clube. Eu já estive em clubes em que talvez trabalhasse mais e outros nem tanto.