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Carlos Melo Alves afirma que o agente «não reagiu bem» à sentença; revela que o arguido não esteve presente na leitura do acórdão por motivos de doença
À saída do Tribunal de Matosinhos, onde teve lugar esta quarta-feira a leitura do acórdão do julgamento de César Boaventura, que o condenou por três crimes de corrupção ativa, o advogado do agente de futebol confirmou que irá recorrer da sentença ao Tribunal da Relação, destacando que as três testemunhas que depuseram «fizeram-no de forma contraditória.»
14 fevereiro 2024, 16:05
Agente foi condenado a 3 anos e 4 meses de prisão, com pena suspensa, depois de ter sido considerado culpado por três crimes de corrupção ativa, a três jogadores do Rio Ave, na época 2015/16
«Vamos lá ver o que é que o Tribunal da Relação vai dizer. Há uma coisa que é indiscutível. As três testemunhas que vieram aqui prestar depoimento fizeram-no de forma contraditória. A questão que se pode colocar é se essas contradições são ou não suficientes para pôr em crise o depoimento, ou a credibilidade desses depoimentos. O Tribunal teve fé no depoimento destas pessoas. Vamos ver se o Tribunal Superior também continua a ter fé, porque isto é uma questão de fé pelos vistos, no depoimento destas pessoas», sublinhou.
«Não reagiu bem, como é evidente. Ele estava à espera de uma outra decisão, mas nós sabemos que isto apenas ainda está a metade, ainda não terminou o processo. Portanto, nós acreditamos na Justiça, o Tribunal entendeu que ele devia de ser condenado por três crimes, nós temos 30 dias para interpor recurso, vamos fazê-lo, vamos colocar à consideração do Tribunal Superior toda a nossa argumentação, aquela que nós já expusemos aqui, e provavelmente mais alguma, e vamos ver o que é que o Tribunal Superior vai dizer.»
«Teve um problema de saúde. Agora vai ter que apresentar comprovativo disso mesmo. Na outra sessão, esteve aqui, pensava que ia ser proferida a leitura, portanto não estava a esquivar-se de nada.»
«A pena acessória também vai ser objeto de recurso, vamos ver o que é que o Tribunal Superior diz, designadamente como é que alguém que é impedido de exercer as suas funções, aquilo que ele sabe fazer, como é que vai pagar, por exemplo, a pena também que o juiz o condenou, a pagar determinadas quantias [30 mil euros] a determinadas instituições, penso eu.»
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