«O Carlos tem o melhor dos três mundos: Roger, Rafa e eu»

Ténis «O Carlos tem o melhor dos três mundos: Roger, Rafa e eu»

TÉNIS17.07.202301:52

Com a derrota em Wimbledon ante o jovem Carlos Alcaraz por 3-2 (1/6, 7/6 (6), 6/1, 3/6 e 6/4), Novak Djokovic perdeu a hipótese de, aos 36 anos, voltar a aproximar-se da posição n.º 1 do ranking ATP, pois o espanhol reforçou a liderança, assim como elevar a sequência de triunfos seguidos no All England Club para cinco, algo que apenas o sueco Bjorn Borg e Roger Federer concretizaram. Mas desperdiçou sobretudo a possibilidade de igualar o suíço como recordista de oito títulos individuais masculinos no torneio.  

Por isso era natural que o desaire estivesse a ser difícil de digerir para o sérvio, que ainda assim não deixou de dar os parabéns e elogiar ao adversário. «No fim do encontro, quando tiveste que servir, surgiste com alguns grandes serviços e algumas grandes jogadas».

«Mereceste. Pensava que apenas teria problemas contigo na terra batida e no piso duro, mas não na relva. Mas agora esse não é assunto. É incrível a forma como te adaptaste a esta superfície».

«Esta vai ser difícil de engolir. Mas estes são também os momentos para os quais trabalhamos todos os dias e estou agradecido. Perdi para um jogador melhor e agora é seguir em frente. Mais forte, se possível», referiu ainda,     

Já na conferência de imprensa fora do court, o n.º 2 do ranking e detentor do recorde de 23 grand slams, voltou a elogiar Carlitos: «O seu jogo consiste numa mescla de determinados elementos de Roger [Federer], Rafa [Nadal] e meus. Estou de acordo com isso. Tem o melhor de três mundos», vai explicando.  

«Possuiu uma grande resiliência mental e é muito maduro para alguém que apenas tem 20 anos. É impressionante. Tem essa mentalidade de touro espanhol, competitividade e espírito de luta que temos visto em Rafa durante tantos anos».

«Tem jogadas semelhanças às minhas. Nunca defrontei um tenista como ele na minha carreira. Roger e Rafa têm os seus pontos fortes e fracos, mas Carlos é muito completo», analisou Djokovic que acredita que poderá reencontrar o murciano no Open dos Estados Unidos, onde este defenderá o título ganho em 2022. Neste momento Novak lidera o confronto entre os dois por 2-1.