Poupança de 450 mil euros com o fim dos sub-23

Marítimo Poupança de 450 mil euros com o fim dos sub-23

NACIONAL24.06.202313:27

O Marítimo explicou, em comunicado, os motivos que levaram à extinção da equipa de sub-23, destacando-se desde logo o ponto em que o clube madeirense refere que houve uma poupança de 450 mil euros.

Eis, na integra, o o comunicado

“O projecto Sub23 do Club Sport Marítimo não terá continuidade na temporada 2003/2024. A Adminstração da SAD, depois de analisar as múltiplas variáveis com Tiago Lenho, Director Executivo, Tulipa e Nélson Jardim – treinadores das equipas A e B, respectivamente -, concluiu que a renúncia à equipa Sub23 se enquadra nas exigências que o futuro impõe. A descida da equipa principal à II Liga, como é consabido, acarreta um significativo decréscimo orçamental para o futebol profissional do Marítimo, pelo que os responsáveis verde-rubros não têm dúvidas de que redefinição de prioridades deve canalizar os recursos para as equipas A e B.

É inegável que a decisão de encerrar o projecto Sub23 é tributária de razões financeiras. A SAD verde-rubra prevê uma poupança de 450 mil euros, aproximadamente, valor relevante para a realidade que o Marítimo atravessa. No entanto, o factor financeiro não está isolado na equação. Ao longo dos anos, a equipa B tem sido um viveiro de talentos que beneficia a equipa A, graças a um contexto competitivo muito mais intenso do que aquele que envolve a Liga Revelação. O Campeonato de Portugal, realidade mais próxima das Ligas Profissionais, apresenta desafios muito específicos, frente a equipas fortes e composta por jogadores com passagens pela I Liga – alguns por campeonatos estrangeiros -, o que proporciona aos jovens futebolistas uma evolução e maturação mais céleres.

Mesmo num ano atípico – e com desenlace triste – para a equipa A do Marítimo, a equipa liderada por Nélson Jardim catapultou vários jogadores para os trabalhos da formação cimeira, alguns deles com participação efectiva em jogos oficiais. Mais: o projecto Sub23 decorre de convite da Federação, o que não acontece, naturalmente, com a equipa B. Caso o Marítimo abdicasse da sua equipa B – conceito com identidade bem vincada e que já caminha para as 3 décadas -, o Clube seria punido com suspensão federativa. Ou seja, o eventual regresso da equipa B passaria, inevitavelmente, por uma caminhada que teria de ser iniciada pelas divisões regionais. Note-se que a formação Sub23 pode, a qualquer momento, ser reactivada.

Neste momento, o Marítimo conta com 77 jogadores profissionais sob contrato. Para a próxima temporada, as duas equipas profissionais deverão contar com um máximo de 53 futebolistas. O conjunto orientado por Tulipa terá, em cada treino, 20/21 jogadores, aos quais se juntam, caso o treinador assim o entenda, alguns jogadores liderados por Nélson Jardim, técnico que se mantém aos comandos da equipa que compete no Campeonato de Portugal.

A redução de activos implica escolhas difíceis, jamais perfeitas, mas as decisões impõem-se. O Marítimo procura, por isso, encontrar a melhor fórmula para a sustentabilidade das suas equipas profissionais, mas sem descurar os interesses dos atletas que, em função da conjuntura, terão de prosseguir as suas carreiras ao serviço de outros emblemas.”