Amorim quer leão a todo o gás

Sporting Amorim quer leão a todo o gás

NACIONAL21.08.202301:07

É uma das frases-chave de Rúben Amorim desde que assumiu o comando técnico dos leões: «Conto com todos os jogadores.» E se dúvidas houvesse bastaria olhar para os dois primeiros jogos do campeonato para se ter a certeza de que o treinador sportinguista não abdica dessa máxima.


Com efeito, tendo em conta as suas opções iniciais no duelo inaugural com o Vizela e o de sexta-feira passada, com o Casa Pia, Rúben Amorim mudou quase meia equipa. Sendo verdade que não teve Nuno Santos na estreia do campeonato e ficou sem Daniel Bragança para a segunda jornada, ambos por razões clínicas, o treinador promove assim a sempre desejada competitividade interna no plantel. Ou seja, faz ver aos jogadores que ninguém tem lugar garantido no onze e que é durante a semana, pelo menos enquanto o calendário não aperta com a entrada nas competições europeias, que o plantel lhe dá respostas concretas sobre as opções para o próximo jogo.


É verdade que há sempre exceções (neste caso cinco jogadores que mantiveram a titularidade de um encontro para o outro), que há sempre imponderáveis do foto clínico que podem trocar as voltas ao técnico e que há, também, questões estratégicas que podem levar Rúben Amorim a apostar num jogador em detrimento de outro.
Mas o facto de ter opções várias para a mesma posição, até pela polivalência de alguns jogadores, permite-lhe alimentar a sempre desejada concorrência interna e a luta por um lugar no onze inicial, algo que começará já hoje, quando o plantel voltar ao trabalho e começar a preparar o jogo com o Famalicão.


Esta preocupação de dar minutos a todos os jogadores do plantel tem a ver com a necessidade de ter o leão a todo o gás, ou seja, que todos estejam prontos e com ritmo competitivo para entrar em jogo sempre que necessário.

Sete ‘intocáveis’


Entre o encontro  com o Vizela e o duelo com o Casa Pia apenas cinco jogadores mantiveram-se como primeiras opções de Rúben Amorim, que só não mexer na baliza (Adán continua a ser o n.º 1) e no tridente defensivo (Diomande, Coates e Gonçalo Inácio).

No meio campo apenas o japonês Hidemasa Morita se manteve como titular e, no ataque, Pedro Gonçalves e o reforço Gyokeres.
 

Golos sofridos a melhorar
 

Foi aviso que o próprio Rúben Amorim fez questão de deixar na véspera do Sporting dar o pontapé de saída no campeonato frente ao Vizela, numa conferência de imprensa em que assumiu candidatura ao título... jogo a jogo. A equipa tinha de ser mais consistente esta temporada, não apenas na sequência de vitórias, mas também nos golos sofridos. Ora bem, olhando para as duas primeiras jornadas da Liga, é verdade que o leão só sabe ganhar, mas na hora de fechar os caminhos para a sua baliza procura ainda uma maior consistência coletiva. Em suma, foram dois golos sofridos frente ao Vizela, mais um diante do Casa Pia, três golos em dois jogos que dá uma média negativa e reflete definitivamente a necessidade do treinador em trabalhar mais o processo defensivo da sua equipa.