Uma final de todos
Quando no início de época (re)começou a caminhada da Selecção de sub-19, que já vem de épocas anteriores, muitos levantaram dúvidas se seria possível chegar a uma fase avançada da competição, principalmente após o jogo particular contra a Inglaterra. Na verdade, perder um jogo por diferença expressiva cria um ambiente de desconfiança entre quem não está por dentro do processo de desenvolvimento de uma equipa nacional. Perder nunca é bom, contudo, é necessário tirar conclusões numa fase inicial, perceber as alterações que são fundamentais concretizar e continuar a fazer o caminho.
Não significa que se vá ter sucesso, mas ficamos mais perto da conquista. Os bons jogadores são importantes, direi até decisivos, mas só têm um rendimento máximo quando integrados numa equipa. Esta é a dificuldade, como tal também a chave mestra. Para que se chegue a este patamar são precisos bons jogadores, treinadores, dirigentes, staff de apoio, e uma competição que enquadre esse mesmo talento. Ter a possibilidade de competir num espaço de qualidade superior, seja nas equipas B ou na Liga Revelação, ajuda a atingir níveis superiores de rendimento.
Os clubes, nesta fase, são os maiores responsáveis por conseguirmos potenciar as capacidades dos jovens jogadores, como, numa fase anterior, as Associações Distritais têm um papel de relevância. Não podemos dissociar ninguém, todos são importantes, cada um no seu momento, para que as seleções consigam ter resultados e em simultâneo ajudem a aumentar a qualidade dos praticantes. Esta final, que nunca foi anunciada, esteve sempre no sonho destes jovens jogadores. Todos eles, os que a vão jogar e os que participaram no processo, estando ausentes por opção ou porque já estão integrados nas equipas profissionais, merecem o nosso reconhecimento. Acreditaram sempre, empenharam-se, formaram com os treinadores e restante staff uma equipa. É na verdade uma final de todos.