O grande Bayern e os outros
O FC Porto nunca está demasiado confiante e eleva o nível para que não seja surpreendido
OBayern é uma equipa extraordinária, bicho-papão para a grande maioria dos adversários e os grandes portugueses obviamente não fogem à regra. Mesmo um Bayern sem duas unidades nucleares como o sprinter Alphonso Davies e o box to box Leon Goretzka tem futebol para bater praticamente todos os adversários na Liga dos Campeões, e apenas os ingleses do Manchester City, Liverpool e Chelsea e, eventualmente, os franceses do PSG podem, para já, considerar-se rivais a levantar a orelhuda. O Benfica teve os seus momentos, sustentado numa defesa sólida e num felino Vlachodimos, autor de pelo menos uma defesa de grau de dificuldade acima das do elogiado Manuel Neuer, e na capacidade de Darwin Núñez e de Rafa em queimar linhas com e sem bola. Não marcou e ao primeiro golo sofrido abriu-se a torrente. Deu na goleada que se temia e que tinha deixado de temer-se com o tempo. Porque adiaram a festa bávara, os encarnados acabaram com a sensação de que tinham repartido o jogo, quando na verdade o adversário foi melhor em tudo. Como seria de esperar.
A competência portista ficou mais uma vez evidente na receção a um Milan que, apesar de fragilizado por muitas ausências e ainda precisar de dar vários passos no regresso ao topo do futebol europeu, mantinha argumentos para ferir os portugueses. Nesse contexto, o FC Porto dificilmente falha. Nunca está excessivamente confiante e procura sempre elevar o nível, como aconteceu.
Também o Sporting curou feridas na Turquia, confirmando suspeitas que é muito melhor do que o Besiktas, desde logo na solidez defensiva. Não foi um jogo perfeito, mas serviu os interesses leoninos na perfeição. Os três grandes continuam na luta pelo apuramento direto para os oitavos de final, o que a concretizar-se seria espantoso. Falta metade do caminho e manter o bom ritmo.