O contrarrelógio Lisboa-Salónica de JJ
O Benfica de Jorge Jesus tem dado boas indicações, percebe-se o dedo do técnico e há uma ideia de jogo que a cada dia ganha nitidez. Porém, como JJ não se cansa de dizer, o plantel não está fechado e torna-se evidente a necessidade de aquisição de mais um defesa-central e de um número 8. Resta saber se chegarão a tempo de Salónica...
LIonel Messi recusou a via dos tribunais e decidiu ficar no Barcelona, clube com quem tem contrato até junho de 2021. Tornou claro, porém, que tem do presidente Josep Maria Bartomeu uma visão pouco simpática, o que torna impensável um prolongamento do vínculo aos catalães caso Bartomeu vença as eleições de março próximo. Ou seja, com todo o enredo que manteve o planeta futebol em suspenso, Messi feriu de morte a presidência de Bartomeu, quem sabe se para abrir novamente as portas do emblema culé a Joan Laporta. É Messi a ser o novo Cruyff nos labirintos do poder no Barcelona.
Os 40 milhões de euros pagos pelo Wolverhampton ao FC Porto pelos direitos desportivos de Fábio Silva, 18 anos, devem ser considerados... irrecusáveis. É verdade que os dragões prescindem da joia do Olival, que poderiam fazer crescer e valorizar ainda mais. Mas, na conjuntura de tutela financeira da UEFA vivida pelos portistas, esta verba poderá garantir o presente, equilibrar o orçamento e dar a Sérgio Conceição melhores condições para conseguir novamente o acesso direto à fase de grupos da Liga dos Campeões. Depois de ter falhado a hipótese de realizar alguns encaixes através do Valência, a via Jorge Mendes voltou a mostrar eficácia e a garantir um bom negócio para as três partes.
Da entrevista do secretário de Estado da Juventude e Desporto ao Público de ontem, percebe-se a habilidade retórica de um político confrontado com responsabilidades históricas face aos vindouros. Se, de facto, o Portugal-País-das-Maravilhas descrito por João Paulo Rebelo, onde apenas dez por cento dos desportistas estão impedidos de desenvolver a sua atividade, existir, os danos entretanto sofridos serão reversíveis. Porém, se o governante estiver a trabalhar numa realidade virtual, limitando-se a colocar queijo na ratoeira da demagogia, nunca mais será levado a sério.