Mais uma batalha na guerra civil
1 - Bruno de Carvalho foi ilibado da acusação que sobre ele impendia de ser o autor moral do ataque à Academia de Alcochete. Não demorou muito para que viesse reclamar a reintegração como sócio, mandando às malvas o facto de a sua suspensão e posterior expulsão nada ter a ver com isto, mas sim, como sabe quem está mais atento ao fenómeno, com a criação de órgãos sociais que apenas faziam sentido na sua cabeça e dos seus seguidores.
O anterior presidente, com a decisão do tribunal, ganhou um argumento de peso e no contexto de guerra civil do Sporting os argumentos vão continuar a ser dirimidos, com a maioria das pessoas apenas preocupadas com a intensidade com que as palavras ressoam nos seus umbigos. Quanto ao Clube, continuará, porque é demasiado grande para cair e continua a ter uma quase inexplicável capacidade de resistência - mas convém não abusar da sorte porque estar sempre a testar o limite a algo, se não o quebra, pelo menos desgasta.
2 - No Sporting toda a gente tem opinião sobre todas as coisas. Exatamente o contrário dos futebolistas portugueses, que não têm opinião sobre... coisa nenhuma. Louve-se a coragem de Ricardo Quaresma, contra o marasmo reinante. Pode concordar-se ou não com aquilo que escreveu o extremo, mas pelo menos disse o que pensava. Foi uma prova de maioridade intelectual, aguardam-se outras.
3 - Na entrevista à TVI, Bruno de Carvalho não se conformou com a vitória conquistada em tribunal e, na sua cruzada contra a comunicação social, aproveitou para colocar o pé no pescoço do seu adversário, em pose triunfal. Nada de novo, tratando-se de quem é.