Já rola a bola
As equipas profissionais voltaram ao trabalho, surgem os primeiros jogos de preparação e os primeiros resultados trazem a pressão inerente à dimensão das equipas. Para as de maior dimensão tudo se precipita no primeiro jogo, para as de menor dimensão só com o início da competição oficial. Este é o momento de criar condições para se atingir o sucesso. Claro que este é relativo, em função dos objetivos desses mesmos clubes. Para uns só ganhar a competição significa sucesso, para outros a manutenção é um enorme feito. Os campeonatos têm concorrentes com objetivos diferentes, sendo que quanto mais próximo seja o nível competitivo desses participantes mais possibilidades essa competição tem de sucesso.
Este momento é também um espaço para novidades, nomeadamente para o surgimento de jovens jogadores. Com tudo o que isto tem de bom, mas também de risco para a equipa e jovens jogadores. Torna-se menos complicado dar essa oportunidade a jovens nos clubes de menor dimensão, não há uma cobertura mediática tão intensa, a ação dos jogadores não é salientada com tanto destaque. Por vezes um comentário, apenas factual, sem qualquer segunda intenção, pode ajudar a cimentar a posição de um jovem jogador, como o pode prejudicar de forma grave. O nível de exigência na elite não permite falhas, o cuidado com o crescimento e desenvolvimento dos jogadores exige uma proteção constante. Não basta ter potencial, é necessário que toda uma estrutura ajude a um bom enquadramento do novo elemento. É muito diferente ter oportunidade com os melhores ou com uma segunda linha.
A propósito de cuidados e precauções, os calendários, e respectivos sorteios, devem ser consideradas ferramentas para proteger competição e concorrentes. Pensar que no quadro europeu actual não devemos ter condicionantes que protejam os que nos representam internacionalmente, significa, quanto a mim, não utilizar esta ferramenta da forma mais eficaz.