Gerir equipas
Cada vez mais se fala de gestão desportiva, dos melhores modelos para potenciar as instituições desportivas, do crescimento das equipas, da rentabilização dos seus elementos. Contudo, por muitas vias alternativas que se possam desenhar, o mais importante será sempre o atleta/jogador. O centro da actividade é humano. A gestão financeira tem importância, o modelo económico merece toda a atenção, mas a gestão dos recursos humanos é o factor decisivo para o sucesso. As pessoas têm sentimentos, a actividade não pode ser gerida sem ter em consideração isso mesmo. A comunicação é diferente para cada um dos membros da equipa. Estamos, no desporto de alto rendimento, digamos que também no campo do trabalho intensivo, no sentido da componente física necessária ao sucesso. Não desvalorizando a componente económico-financeira, a gestão dos recursos é influenciável pelo comportamento individual.
Tudo isto ganha maior destaque, em virtude do desporto ter vindo a conquistar cada vez mais espaço na sociedade. O impacto, e mediatismo, da actividade desportiva encaminha muitos recursos para o seu meio. Sejam recursos financeiros ou humanos. Não há como limitar a importância que o desporto tem nas sociedades actuais, quer se trate de recreação ou alto rendimento.
As especificidades na gestão desportiva não obrigam a que os gestores sejam, ou tenham sido, atletas. Melhor que o tenham sido, mas não é decisivo. Agora, impõem que se tenha sensibilidade no relacionamento com todos os elementos da estrutura, e que a constituição da equipa de gestão tenha isso em consideração. Estamos no campo do humano. E este é o maior segredo da actividade. Quem se esquecer deste grande e fundamental aspecto está mais longe do sucesso. Pode atingi-lo, de forma pontual, mas não se manterá no topo!