FC Porto: Yes!
Precioso triunfo em Moscovo eleva FC Porto à quase certeza de entrar nos 16 melhores na Champions. Vitória categórica, construída com firme mérito - iniciado pelo de Casillas na defesa de penálti -, voltando o campeão russo a mostrar que nem ligeiramente merece ter sido cabeça de série no sorteio! (e essa foi a sorte portista). Afinal, equipa tão fraquinha que, após 3 jogos (2 em sua casa), nem 1 ponto conseguiu, sofreu 7 golos e ontem marcou pela 1.ª vez.
Ultrapassado susto no erro de Alex Telles - este veio a jogar ao seu nível: muito bem -, o FC Porto impôs-se com “passeio” em quase toda a hora e meia. Se o confronto para “ranking” europeu se cingisse ao que valem os campeões nacionais, Portugal estaria muito à frente da Rússia, em vez de estar atrás… O nosso problemão tem sido, e crescentemente, quase oposto desnível quando se passa à questão de profundidade com 2.ºs e 3.ºs planos…
Agora, FC Porto, toca a vencer o próximo jogo - com este débil adversário - e, sem pedir licença a Schalke e Galatasaray, prosseguir para… vitória no grupo.
BENFICA. Face ao grau de dificuldade, em casa de Ajax ambicioso, recheado de jovens talentos - por um triz não venceu, como merecia, na visita ao Bayern… -, o Benfica, quanto a mim, arrancou a sua melhor exibição nesta 1.ª fase de temporada. Taticamente forte, com personalidade, lúcido e coeso a defender, expedito, rápido, venenoso nos contra-ataques que sistematicamente desferiu. E tinha potenciais fragilidades no melhor “onze” que pôde alinhar: inexperiente defesa central (Conti); o outro defesa central (Jardel) chegando de 3 semanas em baixa clínica; pilar do meio campo nas ações defensivas (Feijsa) falhando treinos, em dúvida quase até à última hora. Era de temer Benfica muito retraído. Não o foi. Teve força mental, convicção e destreza tática para abranger todo o campo. Eric Ten Hag, treinador do Ajax: “Foi jogo de 50/50. Logo que perdíamos a bola, o Benfica partiu sempre para o ataque. As duas equipas poderiam ter marcado”.
Na verdade, marcou o Ajax, felicíssimo ao minuto 90+2… Os tais detalhes… decisivos. Fífia de Conti, num alívio teoricamente facílimo (global atuação de Conti tal não merecia; até evitou golo sobre risco de baliza) e remate que, embatendo em Grimaldo, mudou trajetória e, assim, tramou Odysseas (excelente exibição - mais uma - do guarda-redes que está sendo a grande aquisição benfiquista para esta temporada). Treinador do Ajax disse verdade: oportunidades de golo também o Benfica teve. E também aí se impuseram outros detalhes…; ou como, amiúde, eficácia muito tem a ver com qualidade individual nos segundos de sim ou sopas. Jonas ultrapassaria tal deficiência? Não. A atual condição física nem lhe permitiria gás para o constante alto ritmo deste renhido confronto/muito bom espetáculo.
Apenas 3 pontos na Champions (vitória na Grécia). Mas sejamos justos: este Benfica nadinha tem a ver com aquele que, desfalcadíssimo desde o tiro de partida, somou hecatombes na Champions de há um ano! - e só na 2.ª metade da época atingiu razoável afinação (até nova baixa clínica do crucial Jonas, nas semanas de sprint pelo título nacional). Este Benfica tem apetrechos (Odysseas, Gedson, Gabriel, crescimento de Rúben Dias, “ressurreição” de Seferovic e de Rafa, miúdo João Félix a caminho) que esse não tinha.
SPORTING. Confronto de hoje, com poderoso Arsenal, em Alvalade, talvez surja em bom momento. Aberrante opinião, face às más exibições sportinguistas nos últimos jogos?! É o meu ponto de vista, e explico:
- Quase nada a perder. Enfrenta favoritíssimo ao 1.º lugar no grupo. Tem o à vontade de já ter arrecadado 6 pontos - tantos quantos os do Arsenal -, estando, pois, pertinho de se qualificar. Logo, prejuízo de eventual derrota ser-lhe-á mínimo. Na Liga Europa…
- Muito a ganhar. Noite N para impulsionar dinamismo e aquisição da confiança que anda a faltar-lhe. Vencendo, ótimo! Empatando, bem positivo (apuramento praticamente garantido). Mesmo se derrotado, exibição que vinque qualidade muitíssimo acima da mostrada no feliz triunfo em Poltava, no acabrunhante desaire em Portimão e na insípida vitória sobre o Loures irá potenciar-lhe ultra necessário acerto de agulhas e… embalagem anímica híper preciosa. Seguindo-se dois jogos em Alvalade, face a Boavista (campeonato) e Estoril (Taça da Liga), em teoria mesmo “a jeito” de sedimentar urgente progresso - e união nas hostes que, tão precipitada e injustamente, já ameaça esboroar-se… Parece que o Sporting - clube, SAD, equipa de futebol - não passou por recentíssimo apocalipse com devastadoras sequelas!