Encontro de treinadores

OPINIÃO11.01.201903:36

Esta semana os treinadores da Liga portuguesa reuniram-se para debater, entre outras, questões relacionadas com a calendarização das competições. A concentração de jogos em determinados períodos tem consequências diferentes para os jogadores, e consequentemente para o rendimento das equipas. Para todos os treinadores a célula central é o jogador. É o princípio basilar para tudo o resto.

Tudo é importante mas o jogador é o mais importante. Nos primeiros 6 meses da época, foram disputadas 14 jornadas na nossa Liga, que se iniciou a 11 de Agosto, o que representa menos 7 jornadas do que em Inglaterra, 5 do que em Itália e França, 3 do que Espanha, Alemanha e Holanda.  Em contrapartida, para o mês de Janeiro temos previstos 5 jogos de Liga para Portugal, 4 em Inglaterra e Espanha, 3 em França e 2 em Itália, Alemanha, Holanda e Bélgica. Esta repartição tem clara influência na gestão das equipas. Se incluirmos os jogos das taças a proporção não sofre significativas alterações.

O que todos pretendemos, organizadores das competições, clubes, treinadores, jogadores e árbitros, é que se encontre a melhor solução para um desempenho superior. Sabemos que o risco de lesão muscular diminui se houver pelo menos 6 dias de intervalo entre jogos, e como tal, que a incidência de lesões aumenta significativamente durante períodos de calendário congestionado.

Como o número de competições, e de jogos, obriga a que haja semanas com 2, e por vezes 3 jogos, temos que encontrar tempo de recuperação para os intervenientes directos no jogo, jogadores e árbitros. Este é um enorme desafio. As questões fisiológicas, dito de forma simples, do rendimento desportivo, têm que ser consideradas fundamentais para a competição. Quer se trate do ponto de vista de quem organiza, quer de quem compra ou patrocina. Jogadores e árbitros em melhor condição proporcionam melhores jogos. Esse é o objectivo, melhorar a qualidade.