Di María poderá voltar ao Rosario Central
Di María poderá voltar ao Rosario Central

Di María e Otamendi: é altura de se fechar o ciclo

OPINIÃO26.04.202509:00

Ángel Di María e Otamendi não voltarão a ser mais novos ou tão decisivos como foram antes. A sua influência já não justifica a renovação e pelo menos o setor defensivo reclama um novo líder

O mais difícil numa organização é encontrar o planeamento perfeito, em que todas as peças do puzzle encaixem, espacial e temporalmente. Um clube, porque a análise deve ser feita de um plano superior ao da equipa, não é diferente. Plantel, formação e prospeção devem relacionar-se entre si de forma fluida, a fim de que não haja sobreposições. É que uma decisão de mercado refletir-se-á sempre no futuro de alguém do plantel ou que esteja a ser formado, seja na perspetiva de evolução ou até de futura venda. O mesmo se passa com uma renovação, em que ainda é preciso fazer contas ao rendimento de acordo com a idade.

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Nos últimos dias, porque se aproxima o final da época e o término da carreira de parte dos principais craques vendidos para clubes estrangeiros, nomes como os de Bernardo Silva, João Félix, Nélson Semedo, Lindelof e Ederson batem à porta do Benfica, tal como Di María há dois anos ou Rui Costa há ainda mais tempo. É um processo natural. Porque a liga portuguesa é tudo menos atrativa, o único problema é que, quando a oportunidade aparece, parece já ser tarde demais, com os interessados com pé e meio reforma dentro. Desta vez, não é caso, mas até por isso parece cenário pouco provável.

Os encarnados não poderão, obviamente, atacar todos, e eventualmente há quem ainda não faça sentido atacar. Bernardo acha-se longe do adeus e mais ainda Félix, para quem o discurso soará irrealista. É provável que para ambos, e ainda que pudessem ser referências para a equipa, não seja agora. Já Lindelof não tem perfil de patrão para a defesa e Ederson taparia a evolução de Trubin. Semedo terá outras opções.

Para abrir novo ciclo, é também preciso fechar outros. Nenhum jogador, por melhor que seja, vai para mais novo, mesmo que não tenha havido cuidado para se lhe preparar a sucessão. O ciclo da liderança de um Otamendi que cada vez mais acumula erros – acaba sempre melhor as temporadas do que as começa – já se deveria ter começado a fechar há vários mercados, com o fortalecimento e renovação do setor. O de Di María, que se vê mais acossado por lesões e participa com argumentos de fora de série apenas no momento da definição, também está no fim. Ainda mais porque a equipa soube responder quando não esteve.

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O extremo foi dos melhores estrangeiros por cá, mas a lógica diz-nos que será cada mais difícil impor-se nas partidas, como acontece com o capitão. Por isso, o adeus dificilmente poderá ser um drama.