Caderno de notas

OPINIÃO24.04.202004:00

1. O Sporting tem no plano de intenções resgatar Rúben Semedo. Faz bem porque, com a cabeça no lugar, arrisca-se a ser enorme central. Difícil de entender é porque os leões não o quiseram em janeiro de 2019, quando foi oferecido por empréstimo e com uma cláusula de compra definitiva baixa - o Olympiakos pagou €5M pelo seu passe, agora quererá no mínimo o dobro. Fica o apontamento.

3. Salgado Zenha diz que não paga Rúben Amorim devido à crise financeira causada pela pandemia mas não conseguiu explicar porque não cumpriu 0 prazo de pagamento inicial da primeira tranche de €5M da cláusula de rescisão, que vencia a 6 de março, quando ainda não tinha sido decretada a pandemia pela Organização Mundial de Saúde (11/3) nem o estado de emergência em Portugal (18/3). Fica a pergunta.

3. As partidas de futebol, sabe-se lá até quando, vão ser à porta fechada. Um jogo que sempre foi de paixões não terá a mais sincera e descomprometida, a dos adeptos, por perto, com todo o reflexo que isso traz no decorrer das partidas. Como se comportará um corpo quase sem alma? Fica a questão.

4. Os jogadores do Campeonato de Portugal têm contado com uma onda de solidariedade gigantesca pela qual deverão estar imensamente agradecidos. Mas quem é profissional de futebol, como uma fatia substancial o é, não deveria necessitar de solidariedade mas duma proteção mais conveniente dos seus direitos, para à primeira crise não ficar exposto à miséria material. Fica a constatação.

5. O confinamento é o pasto ideal para os haters. Os que odeiam a comunicação social, os adeptos dos outros clubes, as gentes doutras paragens, os que não defendem a sua teoria ou os que têm memória. O problema é que alguns haters estão no departamento de comunicação de clubes gigantescos que deveriam ter responsabilidade social mas não têm. Fica o lamento.