Asteroide
Fernando Santos perdeu com o Fisco. Não faltará quem diga que CR7 não devia ter sido titular
1. Kevin Mina, avançado do Real Santa Cruz, penúltimo do campeonato boliviano, fez insólita promessa: «Se descermos de divisão, corto o meu pénis.» Uma variante arrojada do clássico «vou dar a vida em campo».
2. Foi impressionante ver a sonda da NASA colidir com um asteroide, mas nada que se compare ao penálti assinalado e vermelho mostrado por Vítor Ferreira no Marítimo-Casa Pia. A NASA não tem engenheiros destes.
3. Ronaldo desrespeitou, desrespeitou-se e agora está a ser desrespeitado, num processo que atiçou os ódios que sempre gerou, a par das paixões. Mas nada disto o pode resumir ou definir. E algo me diz que as notícias do seu fim são manifestamente exageradas.
4. Taremi pediu penálti contra o regime do Irão. Depois de tanto falarmos de simulações, falemos de coragem.
5. Leonel Pontes levou três nas Caldas, para a Taça, e a Direção do Covilhã partiu a loiça (esta expressão encaixa aqui na perfeição): foi despedido.
6. Diz o povo que «quem anda à chuva, molha-se». No caso de Miguel Oliveira, «quem anda à chuva, ganha».
7. Sérgio Conceição dizia há dias, e bem, que «não se pode passar a linha entre a paixão e vontade de vencer e a estupidez». Quando morrem 125 pessoas num estádio de futebol, no caso na Indonésia, é a estupidificação total do futebol e, antes, da sociedade.
8. Fernando Santos foi derrotado pelo Fisco. Não faltará quem diga que Ronaldo não devia ter sido titular.
9. O que mais impressiona em Haaland, aos 22 anos e com 17 golos em 11 jogos pelo Man. City, depois de 86 golos em 89 jogos pelo Dortmund e 29 golos em 27 jogos pelo Salzburgo, é pensar que Lewandowski, hoje com 34 anos, aos 22 acabava a primeira época no Dortmund com 9 golos em 43 jogos, depois de contratado ao Lech Poznan, onde somou 41 golos em 82 jogos. Aposto que Haaland vai ser muito maior do que Lewandowski, mas não vou tão longe como Kevin Mina.