Assim, nem para os árbitros são bons...
É pena que o Conselho de Arbitragem não perceba que quanto menos transparência houver mais aumentará a desconfiança
Aarbitragem portuguesa volta a estar no olho do furação, mergulhada numa opacidade que não cabe na era tecnológica em que vivemos. Com a introdução do VAR, que tem por raiz a transparência, deixou de fazer sentido (se é que alguma vez o fez…) a lógica de sociedade secreta que continua a presidir à maneira de estar do Conselho de Arbitragem (CA). Infelizmente, não percebem que quanto menos transparência mais desconfiança; e quanto mais se encapsularem mais aumentará a teoria da conspiração. E porquê? Essencialmente porque os CA nascem da APAF, o que acaba por gerar uma confusão perniciosa entre ambos.
Sejamos absolutamente claros: a APAF existe para defender os árbitros; o CA da FPF existe para defender a arbitragem. São duas coisas completamente diferentes que, para infelicidade do nosso futebol, têm andado de braço dado.
A APAF, órgão de classe de natureza para-sindical, tem por missão a defesa intransigente dos seus associados e ninguém poderá levar-lhe a mal por isso. Mas o CA devia estar obrigado à defesa da credibilidade do futebol, que sofre rombos importantes cada vez que, às perguntas, legítimas, colocadas, a única resposta é um silêncio comprometido.
Veja-se o caso recente do minuto 73 do Benfica-Vizela: um braço na bola de um jogador forasteiro, dentro da grande área dos minhotos, passou ao lado do juízo do árbitro da partida, o que poderá integrar o erro humano; porém, o mesmo não pode ser dito do VAR, que teve todos os meios para avaliar o lance e reportá-lo ao árbitro. E aqui, perante o silêncio ensurdecedor que é imagem de marca da gerência da arbitragem, começam todas as dúvidas, que derivam, a seguir, em especulações: o VAR sinalizou, ou não, o lance? E se o fez, por que razão não foi ouvido? E se não o fez, qual a explicação?
Os adeptos do futebol têm direito a uma resposta concreta a estas questões por parte do CA. Se não for por outra qualquer razão, que o seja por uma questão de respeito por quem é a alma do jogo.
A opacidade mina a arbitragem portuguesa. E se, nos idos do Apito Dourado, até podia haver um racional perverso para tal, hoje em dia não faz qualquer tipo de sentido. Sem paredes de vidro, este tipo de gestão obscurantista da arbitragem faz mal ao futebol, e nem sequer é boa para os árbitros…
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