Miguel Oliveira: «Temos de ser um segundo mais rápidos, mas estamos longe disso»
Miguel Oliveira chegou de cara fechada à sala de imprensa, carregando o pior resultado que desejaria, por certo, mas o piloto português fez um esforço para manter o otimismo possível, depois do pior tempo nos treinos cronometrados.
Lá fora, os muitos adeptos do MotoGP e do português não desanimaram e continuaram a apoiar o piloto de Almada, mas no seu rosto era visível a desilusão de não poder retribuir com resultados.
«No meu primeiro jogo de pneus novos apanhei chuva na volta de saída, entrei a pensar que choveria muito mais, mas na realidade parou. Pedi para me trocarem o pneu da frente para colocarem macio já não tivemos tempo para voltar à pista para fazer a volta rápida. Mas a limitação estava lá desde o início e tentámos alterar algumas coisas para ter uma ideia quanto à afinação da moto, mas não conseguimos chegar a nenhuma conclusão. Foi uma sessão difícil para nós», assumiu o piloto da Pramac a propósito da sua Yamaha.
«O problema está na aderência do pneu traseiro, assim que tocamos no acelerador perdemos tempo, comparando com todos os outros e não conseguimos voltar a recuperar a aderência. Tentámos colocar mais peso na traseira esta tarde, mas tornámos a moto mais nervosa. Esse é o principal problema mas não sei como resolvê-lo. O pneu patina e não conseguimos sair do sítio», constatou desiludido o Falcão.
«Temos de ser pelo menos um segundo mais rápido para estar no grupo, estamos longe disso, Neste momento é muito complicado encontrar esse segundo, temos de analisar bem os dados e perceber o que é que falta, mas acho que não vamos conseguir resolver esse problema», avisou o piloto de Almada.
Fora de questão para Miguel Oliveira está qualquer tipo de interferência emocional, por estar a realizar diante dos portugueses o seu último Grande Prémio de MotoGP. «Já estou por aqui há muito tempo para não ficar nervoso como essas coisas», rematou com um sorriso.