Coco Gauff e Aryna Sabalenka são as tenistas mais bem pagas do ano - Foto: IMAGO
Coco Gauff e Aryna Sabalenka são as tenistas mais bem pagas do ano - Foto: IMAGO

As atletas mais bem pagas de 2025 ganham todas mais de 10 milhões

Entre o 'top' 15 há 10 tenistas e só uma atleta pertence a uma modalidade coletiva. Todas juntas conquistaram 213 milhões de euros

O investimento no desporto feminino está a crescer exponencialmente, com atletas de diversas modalidades a colherem frutos dos resultados e do trabalho na área. Mesmo assim, o topo da lista das atletas mais bem pagas do Mundo continua a ser dominado pelo ténis, uma tendência que se mantém há décadas.

A Sportico, plataforma de conteúdos digitais, especializado na parte de negócio, finanças, gestão, marketing do desporto, publicou a lista das 15 atletas com maiores rendimentos em 2025 e esta inclui 10 tenistas, mais uma do que no ano anterior. A elas juntam-se duas golfistas e uma representante do basquetebol (Caitlin Clark), da ginástica (Simone Biles) e do esqui (Eileen Gu).

Pelo terceiro ano consecutivo, a tenista Coco Gauff lidera a tabela com ganhos de 31 milhões de dólares, cerca de 26.600 milhões de euros, ligeiramente à frente da rival Aryna Sabalenka, que acumulou 30 milhões (25.700 milhões euros).

Sabalenka torna-se assim a quarta mulher na história do desporto a ultrapassar a marca dos 30 milhões de dólares num único ano, juntando-se a Naomi Osaka, Serena Williams e à própria Gauff.

Tudo somado, as 15 atletas mais bem pagas arrecadaram cerca de 249 milhões de dólares (213 milhões de euros) este ano, somando prémios monetários, salários, bónus e patrocínios, o que representa um aumento de 12% em relação ao ano anterior. Todas as atletas da lista ganharam pelo menos 10 milhões de dólares, ou seja cerca de 8, 5 milhões de euros, um marco significativo quando comparado com as 11 que conseguiram chegar a este valor em 2024 e as seis que o alcançaram em 2023.

O valor mínimo para entrar na lista subiu de 6,7 milhões em 2024 para 10,1 milhões este ano.

O ténis continua a ser a única grande modalidade profissional onde os rendimentos das mulheres se aproximam do que os homens conquistam. Embora os prémios monetários do WTA Tour ainda sejam inferiores aos do ATP, os valores são iguais nos torneios do Grand Slam e Masters 1000. No que toca a patrocínios, seis mulheres arrecadaram pelo menos 10 milhões de dólares fora de court, em comparação com apenas quatro homens no ativo com ganhos semelhantes.

Coco Gauff, por exemplo, faturou cerca de 23 milhões de dólares (19,7 euros) em patrocínios, que se somam aos 8 milhões (6,8) ganhos em prémios monetários. Em abril, lançou a Coco Gauff Enterprises, em parceria com a empresa de talentos WME, para gerir a sua carreira após sete anos ligada à agência de Roger Federer, a Team8.

O contrato de patrocínio mais lucrativo que tem é com a New Balance. A marca de Boston assinou com Gauff quando a tenista tinha apenas 14 anos e renegociou o acordo em 2022, tornando-o um dos mais valiosos do ténis feminino. A tenista norte-americana conta com mais de uma dezena de parceiros, incluindo Baker Tilly, Bose, Head, Rolex, Mercedes-Benz e Chase Bank.

Aryna Sabalenka perdeu as finais do Open da Austrália e de Roland-Garros, mas venceu o US Open e dois torneios WTA 1000. A vitória no Grand Slam rendeu-lhe 5 milhões de dólares (4,2 milhões euros), um aumento perante os 3,6 milhões de 2024, e ajudou a elevar os seus prémios monetários totais do ano para 15 milhões (12,8 euros).

Com isso, ultrapassou o recorde anterior, de Serena Williams em 2013 que era 12,4 milhões. Com 45,2 milhões de dólares, cerca de 38,2 milhões de euros em prémios, na carreira, Sabalenka é agora a segunda mais rica na lista de todos os tempos da WTA, embora ainda tenha um longo caminho para alcançar os 94,8 milhões de Serena Williams, qualquer coisa como 81 milhões de euros!

Fora do ténis, Eileen Gu é a atleta mais bem classificada, ocupando o quarto lugar com 23 milhões de dólares (19,7 milhões de euros). A esquiadora fez uma pausa nos estudos para se focar na conquista de mais medalhas nos próximos Jogos Olímpicos de Inverno. Gu, que nasceu nos EUA mas compete pela China desde 2019, já conquistou três medalhas, incluindo duas de ouro, nos Jogos de Pequim2022. Apesar de ter reduzido o número de patrocinadores, os seus ganhos são mais elevados do que nunca.

No basquetebol, Caitlin Clark destacou-se apesar de uma época marcada por lesões, que a levaram a falhar 70% dos jogos das Indiana Fever na WNBA. Mesmo assim, a base e estrela do basquetebol feminino teve um ano recorde fora do campo, subindo para o sexto lugar da lista com 16,1 milhões de dólares. O seu salário e bónus na WNBA totalizaram 119 mil dólares.

A carreira universitária de Clark terminou em abril de 2024 com uma derrota na final do campeonato da NCAA. Uma semana depois, foi a primeira escolha no draft da WNBA. Este foi o primeiro ano completo dos seus novos contratos de patrocínio, que elevaram os seus rendimentos extra-campo de 11 milhões em 2024 para cerca de 16 milhões em 2025, incluindo novas parcerias com a Ascension St. Vincent e a Stanley.

As 15 atletas representam sete países diferentes e sete têm menos menos de 25 anos. Este cenário contrasta com o dos homens, onde os salários elevados nos desportos coletivos tendem a aumentar a idade média dos mais bem pagos. No ano passado, Erling Haaland, do Manchester City, foi o único atleta masculino com menos de 25 anos entre os 30 com maiores rendimentos.

Clark é a única atleta de um desporto coletivo a figurar na lista, com Sabrina Ionescu, base das New York Liberty, a ficar muito perto. Outras atletas que ficaram à porta do top 15 incluem a tenista Jasmine Paolini, a atleta Sydney McLaughlin-Levrone, as esquiadoras Mikaela Shiffrin e Lindsey Vonn, e as pugilistas Amanda Serrano e Katie Taylor.