Treinador do Sporting afirmou que não tem bons ressaltadores, sobretudo ofensivos, e que isso tem de ser corrigido. Pensa que, no início, houve ansiedade dos jogadores novos face ao dérbi com o Benfica
Apesar da vitória sobre o Benfica no Pavilhão João Rocha, por 91-88 após prolongamento, no aguardado dérbi lisboeta que marcava a 8.ª jornada da Liga Betclic, Pedro Nuno Monteiro, apesar do Sporting manter-se na liderança do campeonato com apenas um desaire, não era propriamente uma pessoa satisfeita. «Entrámos mal [2-7, 4-14]. Acho que entrámos ansiosos, não só pela juventude, mas talvez por também ser a primeira experiência para alguns jogadores neste tipo de jogos em Portugal», começou por justificar.
«Tentámos explicar a quem chegou o que este tipo de encontros envolvem, por isso não sei se estavam ansiosos. Se calhar com demasiado coração e pouca razão. Partilhámos pouco a bola e executámos mal no ataque. Não conseguimos que a bola se mexesse, não passávamos os bloqueios, defensivamente cometemos alguns erros. No entanto, depois reagrupámos e começamos a executar melhor, o que condicionou mais o Benfica. Passamos a ter melhores tiros e percentagens de lançamento, o que foi mudando o jogo», foi explicando o antigo internacional português.
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A nível da defesa, sobretudo no capítulo da luta das tabelas, Pedro Nuno não poupou palavras e, de certa forma, até deixou um aviso. Quem sabe a quem dirige a modalidade em Alvalade. «Defensivamente tivemos um problema grave no ressalto [26 (3 of.)-48 (20 of.)] que temos de resolver. Com este número de ressaltos perdidos é muito difícil ganhar. Compensámos com outras coisas, mas é algo que temos de corrigir urgentemente».
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Esse problema de ressalto deveu-se à falta de bloqueio de tabela da equipa? «A maior parte sim. Não bloqueámos, ainda que tenha havido uns que estávamos em zona, o que torna mais difícil. Mas também tivemos muito pouco tempo em defesa à zona. É mesmo algo que nos falta», reforça.
«Os ressaltadores têm algo de especial. Pode-se ser um ressaltador mediano, mau ou bom, e, infelizmente, não temos nenhum bom. Principalmente nos ressaltos ofensivos [o Sporting ganhou apenas 3]. Temos bons ressaltadores defensivos. Há que arranjar uma solução», voltou a referir.
E como que se perde uma vantagem de 12 pontos (70-58) no 4.º período? «Do outro lado está uma equipa potente e que vai fazer o que fizemos quando estivemos a perder por 10. Mas, mais à frente, falhámos três tiros abertos e depois eles marcam três. Dois deles step-back do Broussard, que é de baixa percentagem. Foi puro talento. O basquete é um jogo de parciais e, por vezes, tem estas coisas ingratas em que se trabalha para conseguir esses lançamentos sozinhos e falhamos». rematou.
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