Finke brilha na vitória do FC Porto em Alvalade após prolongamento

Basquetebol Finke brilha na vitória do FC Porto em Alvalade após prolongamento

BASQUETEBOL15.04.202320:32

Com uma suada vitória, no Pavilhão João Rocha, por 106-110 (27-34, 16-19, 25-24, 30-21, 8-12) após prolongamento e na qual Michael Finke (33 pts, 11 res) foi a grande figura dos dragões na mais aguardada partida da 8.º jornada do Grupo A, o FC Porto deu um importante passo para assegurar a primeira posição no play-off da Liga Betclic quando já só restam duas jornadas para terminar a 2.ª fase.

Tendo apenas Lusitânia e Oliveirense, este na Dragão Arena, para o que falta até à paragem para a Final 4 da Taça de Portugal, dificilmente os portistas não entrarão no play-off com o factor casa garantido até à série final, caso lá cheguem. 

Essa importante vantagem foi conseguida em Alvalade com a sétima vitória consecutiva dos homens de Fernando Sá, que para se recordarem da última ocasião em que perderam para o campeonato têm já de recuar a 11 de março, contra o Benfica, na visita à Luz (99-75).

No entanto, aquilo que parecia um jogo controlado a 4.31m do apito fim do 4.º período com uma vantagem de 13 pontos (78-91) acabou por se tornar em momentos de incerteza face à quebra defensiva e a subida da pressão dos donos da casa, com destaque para Marcus LoVett (2 res, 3 ass), o qual marcou 13 dos seus 28 pontos neste quarto, ajudando a que os verdes e brancos tivessem o seu momento de maior domínio (30-21) e num lançamento de três pontos de Eddy Polanco (23 pts, 4 res, 5 ass) reduzissem a diferença a um (96-97) com 13,4s no cronómetro.  

Tudo podia ainda acontecer. E aconteceu! LoVett poderia ter colocado os leões no comando com 9.3s para jogar. No entanto, também o base americano havia sido apanhado pelo vírus dos lances livres falhados. Errou o primeiro dos três de que dispôs com 9,3s para se jogar, deixando o marcador a 98-98. Resultado que na resposta Miguel Cardoso (14 pts, 5 res), numa entrada para o cesto, e Finke, numa tapinha, não tiveram arte para desfazer até soar a buzina para os 5 minutos extra.

Os lisboetas, até foram os primeiros a marcar no prolongamento (102-98), porém, um parcial de 1-8 (103-106) em que Vlad Voytso (11 pts, 5 res) assinou cinco pontos, lançou, definitivamente, os portistas para o comando. E, com todo o mérito, coube ao poste Michael Finke selar o resultado da linha de lance livre, a 0,7s do fim.

O Sporting teve oportunidade de ainda, pelo menos, ter tornado a igualar o placard, mas os triplos assim como os lançamentos livres falhados pareciam que há muito lhe haviam marcado o fado.

    

Note-se que o conjunto orientado por Pedro Nuno Monteiro, que também dificilmente não concluirá esta fase no 3.º lugar, falhou 26 das 46 oportunidades (56%) de lance livre – as últimas 5(!) no prolongamento. Aliás, ao intervalo, o feitiço já parecia lançado com 8/17 (47%).

A juntar a isso, a também fraca eficácia para lá da linha dos 6,76m: 10/33 (30%), com 5/16 (31%) na ida para os balneários. Momento em que nos visitantes chegaram pela primeira vez à vantagem de 10 pontos (43-53) num triplo de… Finke. Um dos 6 que o poste marcou em 9 tentativas, a que há a juntar 5/9 em lançamentos de 2.     

Em termos de comparação, note-se que os nortenhos - que durante os 4 períodos só lograram estar em desvantagem por 2-0 e 59-57 e 61-59 a meio do 3.º quarto – terminaram o quarto com 34/45 de lance livre (75%) e 12/30 em triplos (40%).

Além do mais, do banco do FC Porto vieram 33 pontos (14 ao intervalo), com destaque para Teyvon Myers (16) e Voytso. Os suplentes de Alvalade contribuíram com… 9 (5 ao intervalo), e António Monteiro (4 pts, 4 res) foi quem mais marcou,  

Durante a maior parte da 1.ª parte os dragões conseguiram quase sempre não permitir que os visitados tirassem partido do seu jogo de transição, travando-os junto à área com ajudas defensiva e deixando poucos espaços para lançamentos fáceis e quase que retirando a criatividade de opções de ataque, o que ira obrigando Pedro Nuno a procurar no banco alguém que mostrasse o caminho.

Por momentos Diogo Ventura (15 pts, 9 res, 6 ass), Isiah Armwood (21 pts, 8 res) e depois LoVett, que no descanso levava apenas 6 pontos, conseguiram-no, contudo, faltou-lhes sempre consistência para dar a volta ao marcador.

Algo que Finke, com 14 pontos ao intervalo, conseguiu oferecer nos 38 minutos em que foi utilizado. Ainda assim, com o Sporting desastroso nos lançamentos de três e livres, a recuperação e a luta que conseguiu dar nos últimos 9 minutos e meio também deve deixar um sério alerta ao conjunto da cidade invicta.