«Voltar a jogar será estranho»

Málaga «Voltar a jogar será estranho»

INTERNACIONAL22.04.202012:10

Formado nas escolas do Sporting, Renato Santos está no Málaga (II divisão de Espanha) desde o verão de 2018 após representar Moreirense, Aves, Rio Ave, Tondela e Boavista. Com contrato até 2021 - «quero ficar, gosto do clube e da cidade» -, a pandemia de Covid-19 interrompeu a época e o extremo de 28 anos espera, em Portugal, por melhores dias.

«Em Málaga vivo num condomínio fechado, mas encerraram as zonas comuns desde o dia em que foi declarado o estado de alerta em Espanha. Fiquei confinado ao apartamento com a minha companheira e os nossos dois miúdos, o Christian, de quatro anos, o primeiro filho de pais portugueses com esse nome em Portugal, pelo menos foi o que me disseram, e o Nathan, que nasceu a 20 de fevereiro. Autorizado pelo clube, decidimos que o melhor era ir para Portugal, onde estou agora em casa dos meus tios na região de Estarreja. Não estamos tão enclausurados como em Málaga», explicou o camisola 11 dos boquerones. 

A 8 de março a bola deixou de rolar nos estádios de La Liga 2, tendo o Málaga feito o último treino «a 12 ou a 13», não se recorda bem. «Tenho um plano de trabalho até final de abril fornecido pelo clube, que já nos disse para estarmos preparados para voltar, uma vez que os treinos podem regressar em maio», sublinhou Renato Santos.

«Acredito que ainda vamos jogar esta época, mas será estranho. Encontros à porta fechada, sem a alegria do público, fazer dois ou três jogos por semana, treinar em grupos reduzidos, tudo vai ser muito estranho. E ainda há a necessidade de fazer uma espécie de mini pré-temporada. Os testes são fundamentais, mas tanto podemos ficar infetados num treino ou jogo como numa ida ao supermercado, por exemplo», rematou.
 

No que se refere à questão dos vencimentos, Renato Santos revela que não chegaram a acordo: «Inicialmente foi-nos dito que não iriam mexer nos salários, mas depois já admitiam um corte de 20 por cento caso o futebol não voltasse e de 10 % se regressasse. Não concordámos. O plantel falou por videoconferência e optámos por negociações individuais. Não sei se já falaram com os meus companheiros, comigo ainda não.»

Leia a entrevista completa na edição impressa do jornal A BOLA desta quarta-feira