Depois da vitória em Londres (3-0), 'gunners' foram ao Santiago Bernabéu derrotar o Real Madrid, por 1-2. #DAZNChampions
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Vamos ter novo campeão da Europa: Arsenal elimina Real Madrid

Exibição dominante a nível defensivo terminou com vitória por 2-1 no Bernabéu e o passaporte para as meias-finais da UEFA Champions League

Acabou o sonho europeu e a remontada foi uma miragem. O Arsenal revelou-se muito mais competente que o Real Madrid e, com uma vitória por 2-1, aumentou ainda mais a vantagem de três golos que já trazia da primeira mão dos quartos de final e eliminou o campeão em título da UEFA Champions League.

A primeira parte, parca em oportunidades de perigo, foi rica em drama. Ao minuto 11, François Letexier reviu as imagens do VAR e considerou que Asencio fez falta sobre Merino. Chamado a converter, Saka, que, até então, fez tudo o que quis de Alaba no lado direito do ataque, decidiu bater à Panenka. Uma ideia... péssima: Courtois acertou o lado e deu esperança aos anfitriões.

A questão é que esperança, só por si, não marca golos. Sobretudo quando, do outro lado, o adversário não se deixa ir abaixo por esse lance. É certo que o Real Madrid cresceu, conseguiu ter mais bola, mas a defesa do Arsenal não tremeu. Mbappé ainda caiu na área num duelo com Rice, mas, depois de cinco minutos de análise do VAR, François Letexier acabou por reverter a decisão. Até ao final da primeira parte, foi essa a história do jogo. O Real tentava crescer, mas, com os espaços bem fechados, Vinícius Jr. e Mbappé pouco ou nada conseguiram aparecer. Quando conseguiam chegar à área, o 1 para 1 também era prontamente anulado, sobretudo por Saliba que, apesar de se vir a revelar quase comprometedor, fez um primeiro tempo de alta rodagem. Ao apito final da primeira parte, os madrilenos haviam somado... zero remates à baliza.

Essa mensagem terá, certamente, sido passada aos jogadores ao intervalo, porque o Real Madrid apareceu com maior ímpeto para tentar cruzar, penetrar a área e tentar construir pelos corredores e pelo centro. Face à adversidade, eis as condições perfeitas para Declan Rice voltar a brilhar. Desta vez, não colocou dois livres no ângulo da baliza do adversário, mas o MVP da primeira mão foi, a par do decisivo Merino, também da segunda. Em 20 minutos decisivos, tirou a bola a Bellingham na área, cortou um passe de Mbappé para Vinícius num contra-golpe e, logo a seguir, parou a bola que se dirigia de Valverde para o brasileiro. Três ataques perigosos parados pelo patrão do meio-campo, que conduziu, deu equilíbrio no meio-campo e teve influência direta no 0-0 que se vivia aos 65'.

Declan Rice, patrão do meio-campo do Arsenal (IMAGO)

Foi nessa altura que a barreira finalmente caiu. A barreira... do Real Madrid. O momento da redenção chegou para Saka, que, a passe de Merino, desmarcou-se para conseguir o que não conseguiu ao minuto 11: picar a bola para bater Courtois. O golo dava quase um ponto final na eliminatória, não fosse, dois minutos depois, Saliba perder a bola em cima da baliza e permitir a Vinícius Jr. fazer o empate. Tudo igual na diferença de golos, mas tudo diferente, porque o Real Madrid, acabado de reagir, podia prolongar o ímpeto para procurar os estragos.

A procura chegou. Só que não foi com a qualidade que era precisa, que se pedia nas bancadas do Bernabéu e que se esperava. Porque, desde o golo, o Real Madrid rematou apenas mais uma vez à baliza, em remate de Brahim Díaz para encaixe fácil de David Raya. O ponto final, que chegou com os espanhóis todos projetados, chegou dos pés de Martinelli, que, após novo passe de Merino, não perdoou Courtois e fez o 2-1. Venceu a equipa mais organizada, que, defensivamente, se mostrou irrepreensível. Uma exibição de classe, com uma pequena nódoa oferecida por Saliba, mas que em nada coloca em causa o trabalho de organização defensiva que tem vindo a ser promovido por Mikel Arteta.

É neste âmbito da organização que falha este Real Madrid. As figuras estão lá, os melhores do Mundo, sobretudo no ataque, vestem de blanco, mas, perante um adversário que fechou espaços, foi implacável no 1 para 1 e jogou com tamanha inteligência, nunca houve dúvida nos 180 minutos da eliminatória. Numa altura em que tanto se especula sobre o futuro de Ancelotti, estas estrelas atacantes não conseguiram garantir mais uma Liga dos Campeões. Já a defesa do Arsenal, ainda não ganhou campeonatos, mas já derrubou um campeão da Europa.

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