Ivan Rakitic, ex-jogador do Hajduk Split
Ivan Rakitic, ex-jogador do Hajduk Split

Rakitic termina a carreira, mas já tem o próximo passo definido

Ex-Barcelona decidiu pendurar as chuteiras, mas vai continuar ao serviço do Hajduk Split

Aos 37 anos, Ivan Rakitic retirou-se do futebol profissional. O médio decidiu terminar a carreira depois de um ano a jogar pela primeira vez no seu país, no Hajduk Split, tendo assinado apenas contrato por uma temporada, que acabou este verão.

Porém, quem o confirmou não foi o jogador, mas sim o treinador dos croatas, Gonzalo Garcia, que vem substituir Gattuso, o novo selecionador italiano. «Rakitic terminou a carreira», revelou o uruguaio em declarações à Nova TV. «Ele é uma das razões pelas quais estou no Hajduk hoje», explicou.

No dia 19 de maio, em que fez o seu último jogo, o ex-Sevilha ficou sozinho no banco de suplentes, visivelmente emocionado, e foram muitos os que associaram essas lágrimas a uma retirada. No entanto, o atleta negou ter chegado a uma decisão, pouco depois. «Obrigado pelas suas mensagens. As emoções fazem parte do futebol, mas ainda não tomei nenhuma decisão ou anúncio oficial», revelou, sendo que, entretanto, parece ter chegado finalmente a um consenso.

Encerrou-se, portanto, um capítulo, mas o próximo já está definido: Rakitic vai continuar a trabalhar no Hajduk Split, mas na gestão desportiva, enquanto assistente de Goran Vucevic, que recentemente se juntou ao conselho desportivo do clube. «Ele é inteligente, tem boas ideias e entende de futebol. Mas está a passar por um momento difícil: a transição das chuteiras para o fato nunca é fácil», acrescentou García.

Em 2024/25, o médio disputou 39 jogos, nos quais marcou dois golos e fez cinco assistências, e, apesar de ter terminado em terceiro lugar, a dois pontos do campeão Rijeka, que teve os mesmos 65 pontos do Dínamo Zagreb, não mancha a carreira de Rakitic, que está recheada de troféus, a maioria na Catalunha.

13 títulos ao longo de seis anos no Barça: uma UEFA Champions League (2014/15), um Mundial de Clubes, 4 LaLigas, uma Supertaça Europeia, duas Supertaças de Espanha e quatro Taças do Rei. Para além disso, conquistou duas UEFA Europa Leagues pelo Sevilha, em 2013/14 e em 2022/23, uma em cada passagem pelo clube, no qual esteve seis anos e meio.

Formado no Basileia, a aventura na equipa principal começou em 2005 e venceu a Taça da Suíça na época seguinte. Acabou por rumar ao Schalke em 2007 e lá ganhou também a Taça, da Alemanha, em 2011, ano em que rumou à Espanha, onde ficou mais de uma década. Antes de regressar ao seu país, ainda esteve sete meses na Arábia Saudita, no Al Shabab, na altura de Vítor Pereira, mas não se adaptou.

Termina assim uma grande carreira, que a nível internacional também teve um grande destaque: ter sido vice-campeão do mundo - final do Mundial 2018 perdida para a França ao serviço da Croácia (1-4). Ao todo foram 887 jogos, 125 golos e 141 assistências, mas a sua qualidade com a bola nos pés fala mais alto do que os números, bastante positivos para um médio.

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